A Gol anunciou nesta sexta-feira (1º) que demitiu 190 tripulantes. A empresa afirma que os desligamentos estão "em continuidade ao seu processo de adequação à nova realidade do mercado, para manter seu plano de negócios disciplinado e a sustentabilidade de sua operação".
Em nota, disse que está em constante diálogo com o Sindicato Nacional dos Aeronautas e que manterá o atendimento aos 63 destinos nacionais e 13 internacionais que compõem sua malha.
As demissões na empresa devem chegar a mil. Desde o início do ano, a companhia aérea já havia cortado 500 vagas -demitiu 1.200 e contratou 500. Desse total, 205 são tripulantes (pilotos e comissários).
Em um comunicado aos tripulantes, a diretoria de operações da companhia justificou os cortes argumentando sobre a necessidade de adequar a competitividade e a rentabilidade da empresa a um "novo cenário no ambiente econômico".
Antes de iniciar as demissões, porém, a companhia abriu um programa para atrair voluntários, que puderam se inscrever até o dia 17.
Junto com a sua controlada Webjet, a Gol tem hoje cerca de 20 mil colaboradores.
Redução de custos
A Gol deu início a um agressivo plano de redução de custos depois de amargar um prejuízo de R$ 710 milhões no ano passado.
Apesar de o setor ter crescido 16%, a companhia perdeu dinheiro, principalmente, por conta de uma forte pressão de custos e pela valorização do real.
O combustível de aviação, por exemplo, aumentou mais de 20%. O insumo representava 38% dos custos da companhia no primeiro trimestre do ano passado. Hoje, já responde por 44%.
Entre as medidas adotadas pela Gol está a redução no número de comissários, de 4 para 3 por aeronave.
Desde 2010, após uma mudança nas regras, a Anac, agência reguladora do setor aéreo, liberou as empresas a voar com três comissários. Antes da Gol, a Webjet já havia adotado o procedimento.
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