A Gol descartou nesta sexta-feira a possibilidade de participar diretamente do controle da Varig, em um eventual leilão de ativos, mas admitiu que poderá absorver empregados e aviões, além de ampliar oferta de vôos para atender a demanda do mercado.
Segundo o vice-presidente financeiro e de relações com os investidores da Gol, Richard Lark, a Gol pode negociar até quatro aviões com empresas de leasing que não queiram receber aeronaves de volta, numa possível devolução pela Varig.
- O governo está preocupado com o sistema nacional de transporte, não quer gerar problemas para os passageiros e ainda tem a questão dos recursos humanos - comentou Lark a jornalistas após palestra na Bolsa do Rio, sobre a proposta do governo de separar a Varig em duas e vender parte dos ativos em leilão.
- A gente poderia atuar no transporte para garantir o bom funcionameto do sistema nacional...agora, em termos de participar na empresa, que tem passivos muito grandes, e tem que ter certas proteções contra credores, é bastante complicado - complementou.
Ele informou que a Varig tem 26 aviões Boeing 737, sendo 4 de nova geração (737-800), os mesmos utilizados na frota da Gol, e que poderiam ser aproveitados.
- Claro que a gente pode alugar essas aeronaves, mas elas têm que passar pelo nosso crivo de qualidade - explicou.
Segundo Lark, para as empresas de leasing é melhor alugar os aviões dentro do Brasil do que repatriá-los.
Lark também não vê ameaça de concorrência da possível "nova Varig" para o sistema de baixos custos e tarifas da Gol, avaliando que a empresa precisa de receita.
A Gol, criada em janeiro de 2001 com seis aviões, cresceu ao mesmo tempo em que a crise da Varig se agravava. Hoje, a Gol opera com 47 aeronaves, contabilizando cerca de 30 por cento do mercado. No segundo semestre, a empresa recebe mais 11 Boeings 737-800. Até 2011, terá 90 aviões.
Congresso mantém queda de braço com STF e ameaça pacote do governo
Deputados contestam Lewandowski e lançam frente pela liberdade de expressão
Marcel van Hattem desafia: Polícia Federal não o prendeu por falta de coragem? Assista ao Sem Rodeios
Moraes proíbe entrega de dados de prontuários de aborto ao Cremesp
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast