A Gol anunciou nesta sexta-feira (10) acordos financeiros com a parceira norte-americana Delta Air Lines de até US$ 446 milhões para reforçar a liquidez da companhia brasileira. Os acordos envolvem aumento de capital e empréstimo a ser captado no mercado.
Por um lado, o controlador da Gol, o fundo de investimentos Volluto, e a Delta vão injetar até US$ 146 milhões na Gol via aumento de capital com emissão de novas ações preferenciais. De outro, a Delta vai garantir um empréstimo de até US$ 300 milhões a ser contratado pela Gol ainda este ano, com a contragarantia sendo constituída na forma de ações da empresa de redes de fidelidade de clientes da Gol, a Smiles, atualmente em poder da companhia aérea brasileira.
O vice-presidente financeiro da Gol, Edmar Lopes Neto, afirmou a jornalistas que não há “nenhuma questão de liquidez neste momento” e que as operações foram acordadas porque a companhia normalmente antecipa “eventuais necessidades mais a frente”. Citando o número mais recente publicado pela Gol, o caixa era de R$ 2,4 bilhões.
“Sempre é importante reforçar a liquidez da companhia. Não é uma questão de curto prazo, porque se olharmos o perfil de dívida, não há nenhuma necessidade maior no curto prazo, e por curto prazo entenda-se até 12 meses”, acrescentou Lopes.
O executivo não deu detalhes do empréstimo, mas afirmou que a empresa pretende obtê-lo ainda este ano, dependendo das condições dos mercados de capitais.
Aumento de capital
Sobre o investimento de US$ 146 milhões, o Volluto, da família fundadora da Gol, vai entrar com até US$ 90 milhões e a Delta, com os US$ 56 milhões restantes. Os termos do aumento de capital para permitir o investimento serão divulgados em 14 de julho, afirmou a companhia aérea.
Por ora, a Gol afirmou que o fundo Volluto vai exercer direito de preferência na operação de aumento de capital da Gol e subscrever aproximadamente 61% das novas ações. O restante será cedido em favor da Delta.
Já a companhia norte-americana vai exercer direito de preferência para subscrever cerca de 2,9% das novas ações a que tem direito e poderá ficar com eventuais sobras de papéis que não forem exercidos pelos demais acionistas da Gol.
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