Google altera termo e pretende vender recomendações de usuários

O Google anunciou nesta sexta-feira (11) uma atualização em seus termos de serviço em que incluiu uma cláusula que permite a empresa incluir os nomes dos usuários, suas fotos e seus comentários em anúncios exibidos em toda a web, com base em avaliações, comentários e posts que os usuários fizeram no Google Plus e outros serviços do Google, como o YouTube. Quando a nova política entrar em vigor, no dia 11 de novembro deste ano, o Google poderá mostrar o que a empresa chama de "recomendações compartilhadas" nos mais de dois milhões de sites que fazem parte da rede de publicidade do Google, e que são vistos por aproximadamente um bilhão de pessoas.

Na prática, quando um usuário do Google seguir uma padaria no Google Plus, ou dar quatro estrelas a uma banda, no Google Play, o nome dessa pessoa, a foto e sua recomendação poderão aparecer nas propagandas daquela padaria ou do álbum.

O Google permite que o usuário escolha não ser incluído nos anúncios comerciais, e as recomendações de pessoas com menos de 18 anos serão automaticamente excluídas.

As recomendações, especialmente as vindas de amigos e conhecidos, são consideradas poderosos chamariz para as marcas e empresas, e, ao transformá-las em produtos é o mesmo que potencializar o marketing boca a boca, agora com alcance em larga escala.

O Google publicou hoje em seu site um aviso sobre as mudanças, destacando que "com o feedback de pessoas que o usuário conhece, ele pode economizar tempo e melhorar os resultados para si e para seus amigos em todos os serviços da Google".

Os usuários do Google Plus poderão, através da ferramenta de configuração, optar por não permitir que suas recomendações sejam usadas. "Se o usuário previamente informou à Google que não deseja que seus +1s [recomendações] apareçam em anúncios, é claro que continuaremos respeitando essa opção como parte desta configuração atualizada." Acesse o novo termo em www.google.com/policies/terms/changes