Quase dez meses após adquirir o portal de vídeos YouTube por US$ 1,65 bilhão , em novembro de 2006, o Google começou a permitir a exposição de anúncios publicitários em seu canal de vídeos. Após meses de testes, a gigante das buscas colocou no ar na noite de terça-feira anúncios pagos por empresas em vídeos do portal, informou o "New York Times".
Em comunicado em seu blog corporativo ( http://www.youtube.com/blog ), o YouTube explica que uma espécie de película transparente (overlay), que ocupa cerca de 20% da janela (player), vai aparecer para o usuário nos primeiros 15 segundos de um vídeo. Os anúncios só serão expostos se o usuário optar por clicar nesta área de publicidade. Se o usuário optar por assistir ao anúncio publicitário, explicou a companhia, o vídeo pára e a propaganda é exibida. Do contrário, a opção some segundos depois.
Nesta primeira etapa de exposição, o Google cobrará dos anunciantes US$ 20 para cada mil exibições, e permitirá a exposição de anúncios apenas em vídeos de cerca de mil geradores de conteúdo - de usuários mais populares e médias e grandes empresas que já licenciaram seu conteúdo para o YouTube. Entre os fornecedores de vídeos que poderão ser remunerados pela exposição estão BBC, Warner Music e Chelsea Football Club.
Desta forma, o Google espera fugir de problemas legais com vídeos protegidos por direitos autorais reproduzidos por usuários, e evitar que anúncios sejam publicados em vídeos não associados à mensagem publicitária.
O lucro gerado pelos anúncios será dividido entre o YouTube e o criador do vídeo, informou Naughton, mas em seu blog, a empresa não esclarece detalhes da possibilidade de remuneração de usuários domésticos de uma forma geral, a maioria dos seus mais de 300 milhões de visitantes únicos mensais.
- Conseguimos criar um formato de anúncio controlado pelo usuário. Queremos que eles tenham a liberdade de aceitar e escolher que tipo de anúncio é mais adequado - afirmou o diretor de plataformas de mídia do Google, Eileen Naughton, ao New York Times.
Entre os primeiros anunciantes estão Warner Music, News Corporation, 20th Century Fox e New Line Cinema.
Em visita ao Brasil, em abril deste ano, o principal executivo do Google, Eric Schimidt, já havia confirmado intenções de explorar publicidade no YouTube e chegou a prever a remuneração dos autores de vídeos, um modelo de negócios que permitiria a divisão dos lucros gerados pela publicidade com os internautas, mas que ainda não foi adotado em larga escala.
Segundo analistas do "Wall Street Journal" e do "New York Times", o Google tem adiado a estratégia de exposição de anúncios com receio de perder audiência, por isso a ação foi entendida pelo mercado como uma tentativa de justificar o bilionário montante pago pelo portal ao popular site de vídeos, em resposta a investidores e críticos dos negócios envolvendo gigantes da internet.
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