Berlim tornou-se virtual. Desde a semana passada, a capital alemã -- desde a gigantesca torre de TV da Alexanderplatz até os buracos das ruelas da cidade -- pode ser vista no Google Earth no formato 3D. O visitante virtual pode até mesmo entrar na nova Estação Central de Berlim e se maravilhar com o Reichstag, o antigo prédio do Parlamento. Outros pontos turísticos também estão disponíveis; veja fotos aqui.
Até agora, a metrópole pixelada está deserta. Não há políticos virtuais circulando pelos quarteirões do governo e tampouco consumidores passeando pela avenida Unter den Linden. Ainda levará alguns anos até que cidades como Berlim se mesclem com mundos virtuais como Second Life. Para ver a Berlim 3D, você tem de ter a nova versão do Google Earth e clicar no link "experience Berlin".
Mas a Berlim 3D é muito mais do que um belo projeto computadorizado. Já existem aqueles que sonham com lojas virtuais ocupando o mesmo endereço que suas irmãs do mundo real -- e com as mesmas vitrines. De fato, parece que as câmaras municipais, embaixadas e campanhas eleitorais de Second Life são um pouco mais do que um teste para a versão digital do mundo real que o Google, a Microsoft e outros estão em vias de construir.
Berlim mostrou-se uma parceira disposta a colaborar, fornecendo conteúdo para o site sem cobrar nada. Representada pelo Business Location Center Berlin-Brandenburg, a capital alemã encomendou um modelo 3D de si mesma à empresa 3D Geo que então forneceu esses dados ao Google. "É uma nova dimensão para um marketing localizado inovador e também para o incentivo aos investidores", diz Harald Wolf, senador de Berlim para a Economia, Tecnologia e Direitos da Mulher.
Os berlinenses estão gozando de um prazer especial por terem batido a rival Hamburgo na corrida. Em 17 de janeiro, Hamburgo anunciou que seria a primeira cidade do mundo a aparecer em 3D no Google Earth. A coletiva de imprensa mostrou um helicóptero virtual voando sobre a cidade; os espectadores voaram sobre a prefeitura de Hamburgo e seu famoso pórtico histórico.
O porta-voz do Google, Stefan Keuchel, elogiou as texturas realistas das fachadas, obtidas através de fotos aéreas dos edifícios. Ele prometeu que a Hamburgo 3D vai ao ar "dentro de poucos dias ou semanas". Evidentemente, prometeu demais -- o programa ainda não está on-line. Assuntos relativos à proteção de arquivos atrasaram o projeto indefinidamente.
O resultado de Berlim é impressionante. Cerca de 44 mil prédios do centro da cidade podem ser vistos no modo simples, apesar de as fachadas não serem as verdadeiras. Mas um completo tour da cidade, acompanhado de uma narração histórica, deve sair em breve. Cerca de 550 edifícios importantes foram destacados, com fotos de suas fachadas.
Outros 50 edifícios e complexos de edifícios são representados com mais detalhes. A maior novidade de todas, entretanto, é a tentativa de levar visitantes para dentro dos prédios. Os internautas podem vagar pelo Reichstag, checar a nova Estação Central de Berlim, deslumbrar-se com o impressionante interior do edifício Frank Gehry, próximo ao Portão de Brandemburgo, e visitar o Sony Center e o Estádio Olímpico.
Cinco edifícios especialmente importantes podem ser visitados e vistos em seus interiores: o Reichstag, a estação de trem central, o DZ Bank da Pariser Platz, o Sony Center e o Estádio Olímpico. Melhoramentos futuros certamente virão. Está lançada a disputa para a melhor cidade 3D do mundo.
Julgamento do Marco Civil da Internet e PL da IA colocam inovação em tecnologia em risco
Militares acusados de suposto golpe se movem no STF para tentar escapar de Moraes e da PF
Uma inelegibilidade bastante desproporcional
Quando a nostalgia vence a lacração: a volta do “pele-vermelha” à liga do futebol americano
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast