O Google deu início nesta terça-feira (21) à sua nova fórmula de priorização de páginas nos resultados vistos pelos usuários no celular para dar destaque às páginas apropriadas para visualização em dispositivos móveis. A medida desagradou alguns desenvolvedores e marcas que podem ser preteridos.
“Negócios locais ou pequenos podem ser substituídos [nas buscas] por competidores de grande porte”, escreveu em artigo Matt McGee, especialista no tema e editor-chefe do site “Search Engine Land”. “As redes de âmbito nacional, que têm o dinheiro e recursos necessários, já se adaptaram.”
Para ele, conteúdo fiável pode ser prejudicado em nome de sites menos úteis ou seguros mas preparados para a mudança. “O que é mais importante: confiança ou adaptação ao celular?”, questiona.
O desenvolvedor Brandon Prettyman afirmou que as necessárias funcionalidades personalizadas e a atualização dos arquivos podem ser “esmagadores”. “Pequenos negócios carecem de ferramentas e conhecimento para o ajuste.”
O algoritmo agora manda para cima os sites que têm versão “mobile” (são projetados levando em consideração as telinhas e a operação com os dedos). Internautas no computador não veem a diferença -ou seja, a mesma consulta mostra os links em ordens diferentes.
Isso pode significar menos visitas a determinada página e potencialmente menor faturamento com publicidade, em consequência.
É possível verificar se a mudança afeta algum site por meio de uma página de testes publicada pela empresa. Também há um tira-dúvidas on-line.
O site “TechCrunch” testou as páginas das 500 empresas do ranking Fortune 500 e concluiu que 44% delas têm site reprovado nessa avaliação. Um especialista estimou em 40% a fatia dos “principais sites” que tampouco estão preparados, em entrevista ao “USA Today”.
Apesar da implementação dessa nova fórmula, a classificação de uma página pode não mudar, mesmo que não seja “mobile-friendly” (amigável a dispositivos móveis).
Isso porque o algoritmo leva em consideração uma série de outros fatores, como a relevância do site em relação ao tema procurado e o número de outros endereços que fazem referência a ele.
Um chefe de marketing da empresa de tecnologia Marin Software disse ao site da revista “Forbes” que as preocupações podem ser exageradas. “Não é o fim do mundo para a maior parte das pessoas”, disse, afirmando que a adaptação pode tomar “menos de um minuto” e custar US$ 60 por ano com serviços como o Duda Mobile.
O Google emitiu um aviso público sobre a alteração há dois meses. A ideia é que internautas não tenham dificuldade em ler conteúdo em portais com layout convencional ao pesquisar usando o smartphone.
Um site amigável ao celular costuma se adaptar à menor tela ao aumentar as imagens e os textos -em especial o conteúdo clicável- e ao evitar forçar a navegação lateral, entre outras características.
A medida está sendo chamada informalmente de “mobilegeddon” (“armagedom móvel”).
Segundo uma reportagem da “CNN”, outras mudanças no algoritmo de resultados do Google, como um grande realizado em 2011 e chamado Panda, chegaram a levar empresas à falência por causa do menor fluxo de internautas resultante.
“Descemos das primeiras posições para as páginas seis ou sete”, afirmou sobre o caso Jenny Hurren, dona de um site de móveis, à BBC. “Teve um impacto massivo.”
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