Recentemente, o Google propôs mostrar como poderia ajudar os jornais a atrair para suas páginas centenas de milhares de pequenos anunciantes do gigante de buscas na internet. Via Google, os anunciantes fariam um lance online pelos espaços publicitários que todos os dias acabam sobrando nos jornais.
Agora, depois de dois meses de testes com 100 anunciantes, executivos do Google disseram que os resultados do programa piloto superaram as expectativas e que o projeto será ampliado nos próximos meses, segundo uma reportagem do jornal americano "The Washington Post".
Segundo o Google, os cinco principais jornais participantes estão recebendo vários pedidos de anúncio por semana. Mas para especialistas e representantes dos jornais a perspectiva é menos otimista. Eles reconhecem que de fato o Google atraiu um novo filão de anunciantes, mas ressalvam que a ferramenta ainda é muito nova para poder se prever qual será o seu impacto.
O "New York Times", por exemplo, elogiou a atração de novos anunciantes, mas disse que não abandonaria o foco nos grandes clientes.
Se o sucesso se confirmar, o projeto inverte em parte as críticas de jornais ao Google, acusado de ser um dos responsáveis pela redução de receita publicitária dos impressos por atrair anunciantes e fazê-los migrar para a internet.
O projeto do Google é mais uma tentativa de incursão do gigante no mercado publicitário tradicional. No caso, o que o Google tenta não é muito diferente do que agências comerciais já fazem há anos: comprar espaços publicitários não vendidos e revendê-los a pequenos anunciantes de última hora.
Em alguns casos, o Google reúne uma série de pequenos anúncios num espaço maior. Não há indicação ao leitor de que a venda foi intermediada pelo Google.
A grande diferença da estratégia do Google, segundo o "Post", é ter atraído uma série de novos anunciantes que não se aventuravam antes em jornais impressos. A maior parte dos jornais se focou nos últimos anos em grandes anunciantes e a experiência do Google provou que pequenos anunciantes também podem ser rentáveis.
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