O Google anunciou nesta sexta-feira (20) que venderá seu celular “modular”, que pode ser montado e desmontado com câmera, bateria e carcaça diferentes, a partir do ano que vem. Um kit será liberado para desenvolvedores no quarto trimestre deste ano, segundo a empresa.
O modelo é chamado por enquanto de Project Ara. Será o primeiro telefone fabricado pela companhia de internet – anteriormente, havia feito apenas parcerias no desenvolvimento da linha chamada Nexus, da qual alguns exemplares foram e são vendidos no Brasil. O sistema operacional será Android.
O preço ou data exata de lançamento não foram divulgados.
Um dos diretores da divisão responsável pela iniciativa descreveu o dispositivo que chegará ao público em geral como “belo, leve e fino”.
A ideia é que os consumidores sejam donos de um celular por tempo indeterminado, trocando seus componentes conforme a tecnologia avança – ou mesmo segundo a vontade do usuário.
Por exemplo: se a Qualcomm ou outra fabricante de processadores lança um novo chip, o dono de um celular modular como o Ara poderia comprá-lo e substituir seu antigo, ficando com um telefone mais potente (apesar de a empresa não ter citado tal exemplo). Em outro caso, poderia escolher uma câmera com uma lente mais ampla para fotografar paisagens.
Os módulos incluem alto-falantes, câmeras, bateria, armazenamento, telas secundárias e até ferramentas específicas, como medidores de glicemia.
Segundo a empresa, a troca de algumas peças nem sequer demandaria um reinício do celular, bastando solicitar a ejeção dos componentes antes de removê-los.
Inovação
No mês passado, o Google anunciou a contratação de Rick Osterloh, que até então era o presidente-executivo da Motorola, hoje sob o controle da chinesa Lenovo.
O projeto Ara nasceu dentro da Motorola antes da aquisição da empresa sediada na região de Chicago pelo Google, e foi incorporada pela gigante de internet antes dessa última passagem de mãos da Motorola, para a Lenovo.
O mais recente smartphone de topo de linha da LG, o G5, foi um dos primeiros a levar ao público a possibilidade de adicionar e remover módulos, de maneira semelhante ao que fazem os protótipos do Ara, mas mais limitado.
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