A marca de câmeras portáteis GoPro vai começar a produzir no Brasil. A empresa, que abriu capital nos Estados Unidos em junho, fechou parceria com uma fabricante local para trazer a linha de câmeras Hero ao país. O diretor de vendas para a América Latina, Drew Goldman, não quis revelar o nome do parceiro industrial, mas fontes de mercado afirmam que o trabalho poderá ficar a cargo da Foxconn, que tem fábrica em Jundiaí (SP) e é dona de 10% das ações da GoPro.
Parcerias com varejistas locais como Ponto Frio, Fnac, Fast Shop e Submarino já foram firmadas, e as vendas de produtos montados no País começam hoje, com a chegada às lojas da câmera Hero 3+ Black Edition em versão nacional. "O brasileiro é apaixonado por esportes e redes sociais. É a combinação perfeita para a GoPro", disse Goldman.
Atualmente, a Hero 3+ Black Edition chega ao Brasil em versão importada e custa R$ 2,4 mil. Com a produção local, vai custar R$ 1,7 mil uma redução de 30%, que também deve ser mantida para os próximos lançamentos da empresa por aqui.
Para janeiro, está prevista a chegada da Hero 4, modelo topo de linha da empresa, capaz de filmar em 4K e equipada com tela sensível ao toque. "Queremos reduzir preços e alcançar distribuição local em todo o Brasil", ressaltou o executivo.
Criada em 2002 pelo e-surfista Nick Woodman, a empresa revolucionou o mercado de câmeras digitais de vídeo, em um momento que a chegada dos smartphones parecia jogar a pá de cal no setor. Fáceis de usar, resistentes a diversos tipos de impacto e capazes de gravar imagens em alta definição, as câmeras da GoPro conquistaram uma legião de fãs, em especial, os praticantes de esportes radicais.
Mercado
Segundo a consultoria especializada em tecnologia IDC, a GoPro tem 30,4% do mercado de câmeras de vídeos digitais. A companhia vendeu 4,1 milhões de unidades em 2013, tornando-se líder mundial.
A posição de destaque levou a empresa a abrir seu capital no pregão Nasdaq, que concentra os negócios de tecnologia na Bolsa de Nova York. Em menos de seis meses, os papéis da Go Pro triplicaram de valor: inicialmente cotadas em US$ 24, as ações da empresa eram negociadas a US$ 72 na última sexta-feira. Hoje, o valor de mercado da companhia é de cerca de US$ 9 bilhões.
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