O ministro Carlos Eduardo Gabas (Previdência) afirmou nesta segunda-feira (13) que o governo aceita negociar todos os pontos das duas medidas provisórias em tramitação no Congresso que alteram as regras de acesso para benefícios trabalhistas e previdenciários. A fala do ministro mostra a disposição do governo em ceder às demandas das centrais sindicais e de partidos da própria base aliada, inclusive o PT, para garantir a aprovação das propostas, que fazem parte do pacote de ajuste fiscal.
“Aceitamos discutir tudo. Fomos convidados para debater as medidas provisórias. Não tem nada definido ainda, não tem nada fechado. Todos os temas são passíveis de modificação, de aperfeiçoamento”, disse.
Gabas participou de uma reunião convocada pelo vice-presidente Michel Temer, responsável pela articulação política do governo. Participaram do encontro também os ministros Joaquim Levy (Fazenda), Nelson Barbosa (Planejamento), Aloizio Mercadante (casa Civil), os líderes do governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE) e na Câmara, José Guimarães (PT-CE), e o relator da MP 665, que trata do seguro-desemprego, Paulo Rocha (PT-PA).
Pressa
Segundo Gabas, o governo quer ver a medida que trata do seguro desemprego votada até o final do mês. “A nossa ideia é fazer isso o mais rápido possível. Esperamos que a medida provisória seja no seu conjunto aprovada. Se tiver itens que possam aperfeiçoá-la, nós vamos acatar para que se possa votar a reforma”, disse, novamente enfatizando a abertura para mudanças no texto.
Na semana passada, o ministro do Planejamento já havia sinalizado que o governo aceitaria mudanças nas regras de acesso aos benefícios trabalhistas e previdenciários mas, segundo ele, a margem para alterações era pequena.
Segundo o deputado José Guimarães, o relatório da medida deverá ser apresentado nesta quarta-feira (15) e a comissão especial deve votá-lo até o fim desta semana.
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