Brasília (Folhapress) A secretária de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia, Maria das Graças Foster, reconheceu ontem que o preço do barril (que chegou a US$ 64) não deverá voltar ao patamar de US$ 40, e por isso um reajuste de preços deverá ser necessário, mas "no momento certo". Ela admitiu que as sucessivas altas na cotação do petróleo no mercado internacional já preocupam o governo, mas fez questão de afirmar que a política de preços dos combustíveis é uma atribuição da Petrobrás.
"Se [o preço do barril] não voltar aos US$ 40, você tem que projetar a rentabilidade da companhia para frente e, no momento certo, para garantir os negócios da Petrobrás nos patamares que ela julga adequados, ela deverá fazer o reajuste. Mas se chegou o momento, isso vai de uma política comercial da Petrobrás", disse Foster.
Os US$ 40 aos quais a secretária fez referência correspondem à cotação do barril do petróleo em novembro de 2004, quando a estatal anunciou o último reajuste de preços para a gasolina e o diesel. Para a secretária, as cotações registradas nos últimos 15 dias atingiram números "pouco imaginados", mas justamente pelo nervosismo do mercado ainda não haveria a definição de um novo patamar de preços para que o reajuste fosse aplicado agora. "O crescimento nos últimos 15 dias tem sido uma rampa que aponta para o céu. Então não há definitivamente um novo patamar", afirmou.
A secretária explicou que a análise da estatal sobre o reajuste ou não de preços é feita sobre uma bolsa de combustíveis, e isoladamente sobre a gasolina ou o diesel. Segundo ela, a Petrobrás faz diariamente uma análise da evolução dos preços e avaliou que "há algum conforto em manter os preços não reajustados".
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