O risco de desabastecimento de energia nas regiões Sudeste e Centro-Oeste é de 3,7%, de acordo com CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico). Por meio de nota divulgada nesta quarta-feira (7) pelo Ministério de Minas e Energia, o risco no período de 2015 a 2018 sobe para 4%. Já para a região Nordeste não haveria risco de desabastecimento para este ano. No intervalo de 2015 a 2018 o risco seria de 0,4%.
A nota reforça que, em 2001, ano do racionamento de energia, esse risco era mais de seis vezes superior ao percebido neste ano. A pasta destaca que, segundo limite estabelecido pelo CNPE (Conselho Nacional de Política Energética), em que é aceitável um risco de até 5%, "há uma sobra estrutural de cerca de 5.400 MW médios para atender a carga [demanda] prevista".
O sistema elétrico concentra no Sudeste/Centro-Oeste 70% de sua capacidade de geração de energia. "Embora as principais bacias hidrográficas onde se situam os reservatórios tenham enfrentado uma situação climática desfavorável no período úmido recém-encerrado, o Sistema Interligado Nacional dispõe das condições de equilíbrio estrutural necessárias para o abastecimento do país", diz a nota entregue à imprensa.
O Comitê de Monitoramento informou ainda que continuará monitorando as condições de abastecimento e atendimento ao mercado de energia elétrica do país.
Pela primeira vez desde que o CMSE e o Ministério de Minas e Energia passaram a publicar notas à imprensa com o resultado das discussões técnicas dos membros do governo, não houve qualquer qualificação para o nível de risco de desabastecimento.
No início do ano o risco havia era considerado "baixíssimo", depois, a pasta passou a considerá-lo "baixo". Na nota de hoje, não há qualquer avaliação do governo sobre o nível de risco, que foi tratado apenas de forma numérica.