O governo continua estudando uma fórmula de aumentar os royalties cobrados do setor de mineração no País. Uma elevação das alíquotas, no entanto, está diretamente ligada à avaliação dos tributos incidentes no setor para que uma pressão nos custos das empresas não implique em redução da competitividade dos produtos brasileiros no exterior.

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Uma comissão com técnicos dos ministérios de Minas e Energia e da Fazenda está discutindo a carga tributária do setor. Mas não há decisão sobre aumento dos royalties e, muito menos, data para que um projeto de lei sobre o assunto seja encaminhado ao Congresso Nacional. "Nós não chegamos à conclusão ainda. Terminada negociação com a Fazenda nós vamos elaborar um projeto e enviar para a Casa Civil", afirmou hoje o ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, após o lançamento do Plano Nacional de Mineração 2030.

Lobão já disse várias vezes que os royalties pagos pela mineração brasileira são baixos. Isso porque, em média, correspondem a 2% do lucro líquido das companhias mineradoras. Na Austrália, por exemplo, esse valor é superior a 7%. " Por outro lado, o Brasil parece que está cobrando outros tributos que a Austrália e a África (que tem royalties maiores que o do Brasil), por exemplo, não cobram", explicou o ministro.

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Por isso, conforme Lobão, é preciso aguardar o diagnóstico do Ministério da Fazenda para saber o valor total de tributos pagos pelo setor de mineração. "Se tivermos que aumentar os royalties, temos que fazer dentro de certas medidas que não prejudique as exportações", acrescentou o ministro.

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