O Conselho Monetário Nacional (CMN) se reuniu nesta quinta-feira (30) em decidiu elevar de 65% para 70% o volume de recursos poupança rural que tem de ser destinado ao crédito agrícola. Com isso, haverá ampliação de R$ 2,6 bilhões no crédito concedido aos agricultores. A medida vale entre 1º. de novembro deste ano e 30 de junho de 2009.
O objetivo da decisão, informou o governo, é "minimizar os efeitos da retração de recursos para o setor rural" devido à crise financeira internacional. Antes disso, o governo já havia liberado, em meados deste mês, mais R$ 5,5 bilhões para o crédito rural e o secretário-adjunto de Política Econômica, Gilson Bittencourt, já havia confirmado ao G1 que novas liberações poderiam ser feitas.
Além de aumentar de 65% para 70% o volume de recursos da poupança rural destinada ao crédito agrícola, o CMN também decidiu, nesta quinta-feira, reduzir o encaixe obrigatório (compulsório) dos depósitos da poupança rural de 20% para 15%. Com isso, abriu espaço para aumentar o volume destinado ao crédito rural.
O CMN também estabeleceu que, no mínimo, 60% dos recursos da exigibilidade sejam destinados exclusivamente a operações de crédito rural, sendo os demais 40% à ampliação dos financiamentos de Cédulas do Produto Rural (CPR) - abrangendo inclusive as cédulas em poder da agroindústria, das cooperativas e dos fornecedores de insumos e tradings.
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