A ministra Esther Dweck (Gestão e Inovação em Serviços Públicos) autorizou nesta sexta (6) a realização de um concurso público para a Polícia Federal com 192 vagas, com a maioria para agentes administrativos. O anúncio ocorre dois dias depois do diretor-geral da autoridade, Andrei Passos Rodrigues, afirmar que precisa repor cerca de 1,6 mil servidores.
Segundo a portaria publicada na edição do dia do Diário Oficial da União (veja aqui), as vagas compreendem também funções como assistente social, contador, médicos e técnicos em comunicação social e assuntos educacionais.
A portaria aponta, ainda, que o edital de abertura do concurso desse ser publicada em até seis meses. Depois, a realização da primeira prova será de dois meses. Salários e carga horária das vagas não foram informados.
O anúncio o concurso público para a PF ocorre, ainda, um dia depois do ministro Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública) confirmar o adiamento do início da fiscalização das licenças de caçadores, atiradores e colecionadores de armas (CACs) pela Polícia Federal, previsto inicialmente para janeiro de 2025.
O adiamento ocorreu após Rodrigues ter pedido cerca de R$ 30 milhões ao governo para contratar agentes terceirizados para a função, o que acabou não ocorrendo.
“É possível que, ao invés de uma prorrogação de um ano, haja a previsão de que em 6 meses assumiremos isso. Mas, neste momento, de fato, tendo em conta a carência de recursos, tanto materiais como humanos, não será possível assumir a partir de 1º de janeiro de 2025”, disse Lewandowski em um evento em Brasília.
Ele ainda emendou que o pedido não foi atendido por conta do corte de gastos do governo. “Nós não conseguimos as verbas necessárias este ano, porque precisamos de novos policiais, novos equipamentos, computadores, pessoal administrativo. Isso não foi possível realizar este ano”, emendou.
Em meados de novembro, ele e o próprio Andrei Passos Rodrigues já haviam citado a necessidade de mais verbas para assumir a fiscalização. Na época, Lewandowski disse que estava trabalhando junto à ministra Esther Dweck (Gestão e Inovação em Serviços Públicos) para aumentar o orçamento da Polícia Federal, o que acabou não acontecendo no prazo previsto.
Em uma conversa com jornalistas na quarta (4) de manhã, Rodrigues disse que poderia levar pelo menos seis meses para assumir a função a partir do recebimento dos recursos.
“Nós precisamos de meios. Fiz um ofício para prorrogar esse acordo para que os CACs ainda tenham a fiscalização do Exército, até recebermos os recursos”, citou.
De acordo com ele, também é preciso mais recursos para a autoridade em geral, pelo menos R$ 800 milhões a mais do que está previsto no orçamento do ano que vem – de R$ 1,5 bilhão.
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