O governo da Argentina encaminhou uma queixa criminal contra o JPMorgan e o Grupo Clarín, maior conglomerado de mídia do país. Buenos Aires acusa os grupos de cometerem fraude pela "manipulação" do preço da ação do Clarín, cita a imprensa local.

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A reclamação feita pela unidade de informação financeira do governo, UIF, afirma que o JPMorgan e o Grupo Clarín sonegaram informações para inflarem o preço das ações do Clarín quando o grupo de mídia abriu seu capital em 2007.

O governo também acusa o Clarín de vender ações sobrevalorizadas para fundos de pensão do país. A imprensa local afirma que as ações foram vendidas primeiro a 35 pesos antes de despencarem para 9 pesos mais tarde.

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O Clarín "não deu ao mercado informação correta e precisa, o que é fundamental para a definição dos preços das ações", afirmou o diretor da UIF, José Sbatella, na queixa citada pelo jornal La Nación.

O JPMorgan organizou a oferta de ações, segundo o governo.

Representantes do Clarín e do JPMorgan não estavam imediatamente disponíveis para comentar o assunto.

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, e seu marido e predecessor Nestor Kirchner, têm mantido discussões com o Clarín desde que o grupo de mídia criticou o confronto do governo com fazendeiros sobre exportações de grãos em 2008.

A reclamação é baseada no testemunho de Hernan Arbizu, ex-executivo do JPMorgan preso em 2008 na Argentina por acusação criminal. Ele é acusado de roubar 2,8 milhões de dólares de uma conta de cliente.

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Sbatella também pediu uma investigação sobre as ações do Banco Patagonia, comprado pelo Banco do Brasil, e do grupo de administração de ativos Consultatio.