O jornal portenho La Nación indicou nesta ontem que a Câmara de Importadores da Argentina sustenta que os pedidos apresentados diariamente por parte dos empresários para importar oscilavam entre 2.800 e 3 000 solicitações no ano passado. No entanto, o volume subiu para 6.000 solicitações diárias neste ano. O problema é que, apesar do crescimento de pedidos, as autorizações, realizadas a conta-gotas pelo governo da presidente Cristina Kirchner, continuam no mesmo ritmo de 2012.
As barreiras estão impedindo a entrada dos mais variados produtos e insumos, desde toalhas e roupa branca, passando por aparelhos médicos de alta complexidade e incluindo componentes eletrônicos. Além disso, embora a Câmara não apresente dados concretos sobre o volume de demissões, diversas empresas da área de importação admitem que estão demitindo devido às barreiras impostas pelo governo a produtos provenientes do exterior.
As polêmicas autorizações são as "Declarações Juramentadas Antecipadas de Importação (DJAIs)", que obrigam desde fevereiro do ano passado todas as empresas que desejem importar a apresentar, de forma prévia, um relatório detalhado ao organismo de arrecadação tributária, a Administração Federal de Ingressos Públicos (Afip), entidade utilizada pelo governo nos últimos anos para intimidar empresários, que temem fazer declarações públicas sobre seus problemas para trazer insumos e produtos de fora do país. No entanto, para poder importar, o empresário deve esperar a resposta positiva do governo argentino, que não conta com prazo para emitir uma decisão.
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