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Governo assina contrato para instalação de terminal privado no Porto de Paranaguá

O porto será para movimentação de tubos de aço carbono, rígidos e semirrígidos, bem como estruturas e demais componentes de sistemas submarinos | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
O porto será para movimentação de tubos de aço carbono, rígidos e semirrígidos, bem como estruturas e demais componentes de sistemas submarinos (Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo)

O ministro da Secretaria Especial de Portos, Edinho Araújo, assinou nesta quinta-feira (9) contrato para instalação de Terminal de Uso Privado (TUP) na área da poligonal do Porto de Paranaguá, no município de Pontal do Paraná. A previsão é de que a Subsea 7 do Brasil invista R$ 103 milhões na área para a montagem e o embarque de dutos submarinos, usados na prospecção e exploração de petróleo e gás.

O projeto é o mesmo do anunciado em 2011, quando a empresa de origem norueguesa tentou instalar o TUP, mas esbarrou em imbróglios ambientais. A Subsea ainda não conseguiu uma nova licença autorizando a instalação do terminal, mas o processo está em andamento no Ibama.

A operação do TUP deve gerar cerca de 300 empregos diretos na fase de construção e 700 empregos na fase de operação. O porto será para movimentação de tubos de aço carbono, rígidos e semirrígidos, bem como estruturas e demais componentes de sistemas submarinos.

Para implantar o TUP, a empresa adquiriu um terreno de 2,6 mil hectares em Pontal do Paraná, entre o balneário Shangri-lá e a foz do rio Guaraguaçu. Desse total, 45 hectares (3% da área) serão destinados ao terminal e o restante serão áreas preservadas.

No projeto, está prevista a construção de um píer de acostagem de 300 metros quadrados para a montagem e embarque dos tubos e um cais com plataforma para atracação de barcaças. O prazo de execução previsto para a obra é de 7 meses.

Mesmo na crise

O diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Luiz Henrique Dividino, comemorou a decisão. “O lado bom do que aconteceu hoje é que mostra que a empresa acredita que o setor vai se recuperar e que é fundamental ter uma logística no Paraná . Mesmo com o atual momento de dificuldade econômica, eles pretendem continuar investindo”, disse.

O vice-presidente sênior da Subsea 7, Victor Bomfim, lembrou que o momento atual é de dificuldades para o setor de óleo e gás, sobretudo pela crise enfrentada pela Petrobras. Ele relatou que a cidade de Macaé, no estado do Rio de Janeiro, lembra Detroit, nos Estados Unidos, que entrou falência depois da crise de 2008.

“É muito difícil investir neste momento, é preciso muita coragem. Mas as perspectivas são boas porque existe óleo de qualidade. É preciso, porém, ver regulamentação sobre a lei do petróleo”, afirmou Bomfim.

Segundo o executivo, a cadeia de petróleo e gás responde por cerca de 15% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e, este ano, esse porcentual ser reduzido à metade. “É muita obra parada. Se não houver movimento rápido, passaremos por perda de valor e de capacitação”, afirmou.

Os terminais portuários de uso privado são instalações portuárias localizadas fora da área do porto público e que, segundo da nova Lei dos Portos, podem ser exploradas mediante autorização, precedida de chamada ou anúncio públicos. O objetivo é aumentar a capacidade portuária e elevar a concorrência, com mais eficiência e menor custo logístico.

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