A União não irá se opor ao processo de formação de uma joint-venture entre a Embraer e a Boeing para a criação de uma empresa de fabricação de aviões comerciais, na qual a brasileira terá 20% de participação. O anúncio foi feito por meio da conta do presidente no Twitter, após uma reunião entre representantes dos ministérios da Defesa, Ciência e Tecnologia, Relações Exteriores e Economia. “Ficou claro que os interesses da Nação estão preservados”, disse o presidente Jair Bolsonaro.
Reunião com representantes do Ministérios da Defesa, Ciência e Tecnologia, Rel. Ext. e Economia sobre as tratativas entre Embraer (privatizada em 1994) e Boeing. Ficou claro que a soberania e os interesses da Nação estão preservados. A União não se opõe ao andamento do processo. pic.twitter.com/gv7JglmWu5
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 10 de janeiro de 2019
“O Presidente foi informado de que foram avaliados minuciosamente os diversos cenários, e que a proposta final preserva a soberania e os interesses nacionais.Diante disso, não será exercido o poder de veto (Golden Share) ao negócio”, informou a Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República"
Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) declarou ter preocupações sobre a operação..
A Embraer aceitou vender 80% de sua divisão de aviação comercial, a principal da empresa, para a formação de uma joint venturecom a Boeing. Um dispositivo do acordo permite que a Embraer possa mais adiante vender os 20% restantes à gigante americana. O governo brasileiro precisa dar seu aval para fechar a operação entre as duas empresas.
O acordo, que já elevou o valor da divisão comercial da Embraer de US$ 4,75 bilhões para US$ 5,26 bilhões, envolve ainda uma parceria da Embraer com a Boeing para comercialização do cargueiro brasileiro KC-390, mas exclui os negócios da empresa brasileira nas áreas de aviação executiva e de defesa.
Como próximo passo do processo, o Conselho de Administração da Embraer deverá ratificar a aprovação prévia dos termos do acordo e autorizar a assinatura dos documentos da operação. Em seguida, a parceria será submetida à aprovação dos acionistas, das autoridades regulatórias, bem como a outras condições pertinentes à conclusão de uma transação deste tipo.
Há uma preocupação com possíveis complicações no tribunal da China. No Brasil, nos EUA e na Europa, a tendência é que o aval saia rapidamente.
Caso as aprovações ocorram no tempo previsto, a expectativa é que a negociação seja concluída até o final de 2019.