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Em 2007, o Governo vai dar continuidade aos testes de três laptops populares para definir qual deles será adotado em escolas públicas brasileiras nos próximos anos. O projeto Um Laptop por Criança (OLPC, na sigla em inglês) está sendo testado pela Universidade de São Paulo (USP) e o laptop, produzido em Taiwan, tem o nome de XO. Além dele há o brasileiro Classmate PC, que faz parte de um projeto de inclusão digital da Intel, e o Mobilis, da empresa indiana Encore Software.

Independentemente de qual seja a máquina escolhida, é certo que ela vai usar software livre (Linux).

- Neste ano, estamos testando as alternativas disponíveis para saber qual delas atende melhor a demanda - diz José Luiz Aquino, assessor da Presidência da República.

Testes

Na USP, os testes com o computador XO começaram em dezembro.

- Tivemos uma receptividade muito boa dos alunos - diz Roseli Lopes, professora da escola politécnica e responsável pelos testes da OLPC em São Paulo. Crianças de níveis sociais variados, entre 5 e 13 anos, foram convocadas para usar o laptop. "Eles conseguem vencer os desafios rapidamente."

O Ministério da Educação (MEC) divulgou a lista de municípios que receberão 2.840 laptops educacionais para testes este ano. Mil computadores XO, também conhecidos como "Laptop de US$ 100" serão testados em São Paulo e Porto Alegre. Outros 800 ClassMate PC estarão em colégios públicos de Tiradentes (MG) e Brasília (DF).

A capital do país também vai receber 40 máquinas Mobilis. O governo usará ainda mil notebooks convencionais comprados em leilão que vão para Manaus (AM), Palmas (TO), João Pessoa (PB), Piraí (RJ) e Rio de Janeiro.

O principal diferencial do Mobilis é o fato de ele ser um computador com tela sensível ao toque que dispensa teclado. O produto custa US$ 230, enquanto os demais saem por US$ 150 (XO) e US$ 400 (Classmate PC).

Equipamento brasileiro é o mais caro

O laptop brasileiro Classmate PC, da Intel, é compatível com Linux (distribuído pela Mandriva), mas também roda Windows. Pesa 1,3 quilo e é equipado com processador Celeron-M de 900 MHz, 256 MB de memória e tem tela de cristal líquido de 7 polegadas, rede sem fio e teclado à prova d´água. O preço, divulgado em dezembro passado, é em torno de US$ 400.

Paralelamente aos laptops educacionais que estão em testes pelo Governo, pesquisadores da Universidade do Estado de São Paulo (Unesp) também desenvolveram um computador econômico chamado Cowboy. O projeto começou em novembro de 2005 e tem baixo custo e tecnologia nacional para uso nas salas de aula.

- Ele é menos que um PC ou notebook e maior que um handheld - disse na divulgação do projeto o professor Eduardo Morgado, coordenador do Laboratório de Tecnologia da Informação Aplicada, da Unesp de Bauru.

O protótipo não tem mouse e traz um painel LCD, que desliza sobre o teclado para que seja usado como um livro eletrônico. O custo é de US$ 250, mas pode cair na produção em escala.

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