O governo central – que reúne Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central – gastou mais do que arrecadou e registrou em 2014 déficit primário de R$ 17,24 bilhões.

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Isso significa que, durante todo o ano passado, o governo não conseguiu economizar para pagar juros da dívida pública. Esse foi o pior resultado anual desde o início da série histórica do Tesouro, em 1997.

Em 2013, o governo central havia economizado R$ 76,99 bilhões – o equivalente a 1,6% do Produto Interno Bruto (PIB).

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Segundo os dados divulgados nesta quinta-feira (29), as contas do governo registraram resultado positivo de R$ 1,03 bilhão em dezembro.

O resultado também é o pior, para meses de dezembro, desde 2008. Em dezembro daquele ano, as contas ficaram negativas em R$ 19,99 bilhões. Já em dezembro de 2013, o governo central havia registrado superávit primário de R$ 14,45 bilhões.

Em novembro, diante da dificuldade para fechar as contas públicas, a equipe econômica informou que pretendia realizar um superávit primário de R$ 10,1 bilhões no fechamento de 2014.

Para poder entregar essa meta menor, o governo chegou a mobilizar aliados e liberou emendas parlamentares para conseguir aprovar, no Congresso Nacional, uma proposta que alterou a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

Na prática, o projeto eliminou a meta fiscal, ao ampliar os abatimentos da meta de superávit que podem ser feitos com investimentos e desonerações, e livrou o governo de ser responsabilizado por descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal. A LDO de 2014 previa, inicialmente, uma poupança mínima de R$ 49,1 bilhões.

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