O governo central, formado pelo Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social, registrou um déficit primário de R$ 120,2 milhões em maio, o que representa o primeiro saldo negativo para o mês desde 1999. O resultado primário desconsidera as despesas com juros.

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Segundo dados divulgados nesta quinta (25) pelo Tesouro Nacional, o resultado ruim se deve a um superávit pequeno do próprio Tesouro, no valor de R$ 2,643 bilhões em maio ante um resultado positivo de R$ 13 191 bilhões em abril. No mês passado, o déficit da Previdência Social foi de R$ 2,739 bilhões e o do Banco Central, de R$ 23,6 milhões. Ainda de acordo com co Tesouro, o resultado primário deficitário no mês passado é uma combinação de aumento das despesas e forte redução das receitas do Tesouro Nacional.

No acumulado de janeiro a maio de 2009, o Governo Central teve superávit de R$ 19,282 bilhões, o que corresponde a 1,63% do Produto Interno Bruto (PIB). No mesmo período de 2008, o resultado foi positivo em R$ 53,457 bilhões, o que representava 4,68% do PIB.

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No cinco primeiros meses deste ano, as despesas do governo central cresceram 18,6% em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto as receitas registram queda de 0,85% no período, na mesma base de comparação. Segundo o Tesouro Nacional os maiores aumentos nas despesas foram com gastos de pessoal (22,63%) e com custeio e capital (22,36%). Do lado das receitas, apenas a previdenciária registra um aumento de 12,12% no período enquanto as receitas do Tesouro têm queda de 4,37%. Os gastos com investimentos, segundo o Tesouro, totalizaram R$ 9,276 bilhões, de janeiro a maio, o que representa um aumento de 25% em relação ao mesmo período de 2008. As despesas com o projeto piloto de investimentos (PPI) foram de R$ 2,977 bilhões, 29% a mais que nos cinco primeiros meses de 2008.