O governo central - que inclui Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central - registrou superávit primário, que é a economia feita para o pagamento de juros da dívida pública, de R$ 5,4 bilhões em fevereiro, segundo dados divulgados pelo Ministério da Fazenda nesta quinta-feira (29). O número é bem inferior aos R$ 20,9 bilhões registrados em janeiro. No entanto, ele equivale a mais que o dobro do primário realizado pela equipe econômica em fevereiro de 2011: R$ 2,5 bilhões. As receitas do governo central somaram R$ 59,6 bilhões no segundo mês de 2012, enquanto as despesas ficaram em R$ 54,2 bilhões.
No acumulado do ano, o superávit está em R$ 26,3 bilhões, o que equivale a um crescimento de 57,5% em relação ao mesmo período no ano passado. A meta do governo central para o período janeiro-abril é de R$ 28 bilhões, o que significa que 94% já foram cumpridos.
De acordo com o relatório da Fazenda, o bom desempenho fiscal de 2012 está ligado principalmente ao comportamento positivo da arrecadação tributária. As receitas até fevereiro somaram R$ 146,4 bilhões, o que representa um crescimento nominal de 15,8% sobre o ano passado. Já as despesas foram de R$ 120,1 bilhões, com alta de 9,5% no mesmo período.
Ainda segundo o documento, os investimentos voltaram a crescer em fevereiro. Esses gastos somaram R$ 9,6 bilhões no acumulado do ano, o que equivale a uma alta de 2,5% em relação ao primeiro bimestre de 2011. Até janeiro, esses gastos registravam queda de 1,8%.
Mesmo assim, os investimentos crescem num ritmo menor que outros gastos. Os desembolsos com pessoal, por exemplo, cresceram 4,5% até fevereiro. Já as despesas com custeio subiram 3,3%.