Caso a presidente Dilma Rousseff seja reeleita, o governo vai discutir a partir do próximo ano a possibilidade de privatizar em um único bloco portos administrados pelo poder público, em um modelo semelhante ao anunciado no fim de 2012 para os portos de Ilhéus (BA) e de Imbituba (SC).
A informação foi dada ontem, em Washington (EUA), pelo ministro dos Portos, Antonio Henrique Silveira, durante encontro com potenciais investidores. "Temos trabalhado em dois portos pequenos, em Santa Catarina e na Bahia, e em 2015 essa questão vai voltar em um debate mais aberto", disse Silveira, sem mencionar as operações que poderiam ser concedidas de maneira integral para a iniciativa privada.
O ministro participou de encontro com representantes de empresas do setor promovido pelo Brazil-US Business Council. Antes de Washington, ele esteve no Panamá, no Fórum Econômico Mundial sobre América Latina.
Nos dois eventos, ele apresentou o atual plano de modernização dos portos, que prevê o arrendamento de áreas dentro de cada unidade, mas não a concessão integral a um operador. Por enquanto, os únicos casos em que este modelo pode ser adotado são os de Ilhéus e Imbituba. O primeiro pode ser concedido ainda este ano, enquanto o segundo está em fase de estudos, afirmou Silveira.
Licitação atual
Por enquanto, o governo pretende licitar 159 áreas em 25 portos, que atrairiam investimentos de R$ 17,2 bilhões até 2017. Outro programa prevê a autorização para construção e exploração de terminais privados de carga. Desde dezembro, foram realizadas 18 licitações, no valor de R$ 8 bilhões. "Recebemos novos pedidos continuamente, que são processados de maneira automática."
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