A assessora econômica do Ministério de Minas e Energia (MME), Marisete Pereira, confirmou que o governo planeja realizar um leilão de ajuste em janeiro de 2015 para evitar que as distribuidoras contratem energia além do necessário para o próximo ano.
O leilão de ajuste será feito para complementar o pleito do tipo A-1 que será realizado em 5 de dezembro deste ano, que também tem por objetivo vender energia para as distribuidoras com entrega a partir de 2015.
"O leilão deve ser realizado em janeiro, devido ao fim de concessões em julho", afirmou Marisete Pereira.
Os leilões são a única forma que essas empresas possuem para comprar energia suficiente para garantir o fornecimento sem precisar recorrer ao mercado de curto prazo, segmento no qual a eletricidade é mais cara.
A opção por realizar dois leilões aconteceu porque, em julho de 2015, encerram-se os contratos de concessão de 33 usinas, com de cerca de 4.700 megawatts de capacidade instalada.
Com o antigo plano de realizar apenas um leilão, corre-se o risco dos distribuidores contratarem menos energia do que o necessário, no caso de aparecerem poucas ofertas, ou ficarem com excesso de energia a partir de julho, quando a energia das usinas em fim de concessão será repartida entre eles.
Regras
O primeiro leilão já possui as regras definidas. Os geradores podem ofertar energia de fonte hidráulica e térmica por um prazo de três ou cinco anos, com início do suprimento em 1º de janeiro.
No segundo, o prazo de suprimento seria de apenas seis meses, tempo necessário para garantir o fornecimento aos distribuidores até o fim das concessões.
Conforme Nelson Leite, presidente da Abradee, associação que reúne as distribuidoras, disse à reportagem no início do mês, a necessidade de contratação no leilão de dezembro, que era de cerca de 5.000 MW, despencará para algo próximo de 700 MW. Todo o restante seria comprado no pleito de janeiro.
Outros leilões
Pereira afirmou que outros pleitos também já estão sendo planejados para o primeiro semestre de 2015.
Um leilão do tipo A-5 e outro A-3 - para projetos que entregarão energia em cinco e três anos, respectivamente -, além de um pleito para fontes alternativas (eólicas e solar) sairão ainda na primeira metade do ano.
No segundo semestre, está planejado apenas um leilão A-1, para fornecimento de energia a partir do ano seguinte.
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