Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Energia

Governo cria "colchão" para amortecer custo de térmicas

Distribuidoras de energia terão ajuda do governo para compensar custos adicionais com acionamento das térmicas. Na foto, o presidente da Empresa de Pesquisa Energética, Maurício Tolmasquim; o secretário executivo de Minas e Energia, Márcio Zimmermann; e o ministro Edison Lobão explicam medida | Antonio Cruz / Agência Brasil
Distribuidoras de energia terão ajuda do governo para compensar custos adicionais com acionamento das térmicas. Na foto, o presidente da Empresa de Pesquisa Energética, Maurício Tolmasquim; o secretário executivo de Minas e Energia, Márcio Zimmermann; e o ministro Edison Lobão explicam medida (Foto: Antonio Cruz / Agência Brasil)

O governo lançou nesta sexta-feira (8) um conjunto de medidas que, na prática, transformam a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) numa espécie de colchão para amortecer os impactos tarifários dos custos adicionais gerados pelo acionamento emergencial de termelétricas para garantir a segurança do abastecimento. Por meio de decreto, foi estabelecido que a conta - que nesta sexta-feira (8) possui um saldo de R$ 11 bilhões - vai cobrir neste ano não somente o custo das usinas termelétricas, pago pelas distribuidoras, como também irá neutralizar a exposição das concessionárias ao mercado de curto prazo.

"Não há empréstimo nessa operação, estamos pagando esses encargos via CDE para não prejudicar as distribuidoras e não refletir em impacto tarifário", disse o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin.

Em outra frente, o governo também vai mudar a forma de cálculo do preço das térmicas acionadas para garantir a segurança do abastecimento. Segundo o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, o impacto do custo da geração térmica adicional para os consumidores de energia elétrica será reduzido em 75 por cento e o uso da CDE ainda ajudará a diluir esse impacto.

Essa segunda medida, mais estruturante, criará uma espécie de colchão, que impedirá que o acionamento ou não das térmicas cause grandes variações nas tarifas. "Queremos evitar que o episódio de risco hidrológico faça com que a tarifa tenha elevação num determinado momento e posteriormente uma redução significativa. Entendemos que essa variação não é positiva para o país", afirmou Augustin.

O governo agora passará a levar em conta, na formação de preços do setor, os despachos das térmicas por motivos de segurança (conhecidos no setor como despacho fora da ordem de mérito).

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.