Estados Unidos
Caem pedidos de auxílio-desemprego
O número de pedidos iniciais por benefícios de auxílio-desemprego nos Estados Unidos caiu para 420 mil, queda de 3 mil, na semana terminada em 11 de dezembro, informou ontem o Departamento de Trabalho norte-americano. Essa demanda é vista como um importante termômetro das condições do mercado de trabalho local, justamente um dos pontos fracos no processo de retomada econômica.
A queda alivia o mercado, que esperava que o número ficasse em torno de 425 mil. O total de trabalhadores que recebem os benefícios do auxílio-desemprego era de 4,135 milhões (dado contabilizado até o dia 4 de dezembro). Na semana anterior, o número de pedidos havia chegado a 423 mil (dado revisado ontem).
A média de quatro semanas desse indicador foi calculada em 422.750, o que representa um decréscimo de 5.250 em relação à média quadrissemanal anteriormente estimada.
Folhapress
No começo de 2010, o governo trabalhava com uma meta de criação de 2,5 milhões de empregos no ano. Os dados do Cadastro Geral de Empregos e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, divulgados ontem, mostram que o país chegou a 2,544 milhões de contratações líquidas, mas ainda é cedo para comemorar. O acumulado deve cair em dezembro, devido às demissões de temporários. Lupi espera que as demissões líquidas em dezembro fiquem abaixo da média história de 300 mil, mas a redução no fechamento de postos precisaria ser muito forte para manter o país acima do número previsto. Além disso, a meta só foi atingida com a incorporação dos dados da Rais (que considera empresas que entregaram informações sobre empregos com atraso e também servidores públicos).
O número de contratações formais líquidas registrou em novembro o menor nível do ano. Foram criados 138.247 empregos, o que representa um incremento de 0,39% do estoque de assalariados com carteira assinada na comparação com mês anterior. A explicação, segundo o ministro Carlos Lupi, está na valorização do real em relação ao dólar, assim como em efeitos sazonais entressafra e período de chuvas.
Segundo Lupi, pela primeira vez no ano, o mercado do trabalho sentiu o impacto da valorização cambial do real frente ao dólar. O ministro explicou que, com a melhora dos salários e o barateamento de produtos importados, os brasileiros estão optando por comprar mercadorias que vêm de fora neste fim de ano e isso reflete em produção menor das empresas brasileiras e, consequentemente, em um número inferior de contratações.
"Isso é a fotografia do momento. Não estou culpando o dólar pela redução de empregos. Estou dizendo que foi um dos fatores que influenciaram", frisou o ministro. Para Lupi, o dólar não deve influenciar negativamente nas contratações do próximo ano, até porque o governo tem vários instrumentos para impedir que isso aconteça, como é o caso de adotar uma sobretaxa nos importados ou criar isenções de tributos sobre a compra de produtos nacionais.
Em relação aos meses de novembro, o país registrou o segundo melhor número de empregos formais abaixo de 2009, com a geração de 246.695 empregos formais em novembro daquele ano. Mas o ministro lembrou que esse resultado foi decorrente da recuperação de empregos, com o fim da crise financeira internacional.
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