Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Contas públicas

Governo dá como certa perda do selo de bom pagador da Moody’s

Em visita ao país para sua rodada de avaliação das contas brasileiras, a agência de classificação de risco Moody’s dificilmente deixará de retirar do Brasil o selo de bom pagador até o próximo mês.

Essa é a opinião de assessores da presidente Dilma, lembrando que a agência já havia sinalizado, em dezembro, que essa era sua tendência ao revisar a perspectiva da nota brasileira de “estável” para “negativa”.

Confirmada a previsão do próprio governo brasileiro, será a terceira das três mais importantes agências de classificação de risco a retirar o grau de investimento do país. Antes dela, a Standard & Poor’s e a Fitch já haviam tomado essa decisão.

A equipe econômica não acredita, porém, que um novo rebaixamento provoque turbulências no mercado porque o Brasil já havia perdido o selo de bom pagador de duas agências -o que leva vários investidores a serem obrigados a retirar suas aplicações do país.

No ano passado, em agosto, a Moody’s já havia deixado o Brasil a um passo da perda do grau de investimento. Depois, em dezembro, colocou a nota brasileira em perspectiva negativa.

A equipe da Moody’s esteve nesta terça-feira (2) com o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.

Classificação de risco

Nesta quarta-feira (3), será a vez do ministro Nelson Barbosa (Fazenda) se encontrar com os técnicos da agência.

Barbosa vai mostrar à equipe da Moody’s que o governo brasileiro não abandonou sua meta de melhorar o resultado fiscal e pretende fazer o necessário para fechar este ano com um superavit primário de 0,5% do PIB (Produto Interno Bruto).

O ministro reconhece que a tarefa de convencer a agência é “difícil”, mas não descarta conseguir da Moody’s um “voto de confiança”.

A principal preocupação da agência é com a frágil situação fiscal do Brasil. Depois de registrar um deficit primário de R$ 115 bilhões, cerca de 2% do PIB em 2015, a Moody’s não acredita que o governo consiga cumprir a meta.

Além disso, técnicos da equipe econômica não acreditam que, até o mês que vem, quando a agência irá revisar sua nota do Brasil, haja uma sinalização forte de que o governo conseguirá aprovar a recriação da CPMF no Congresso, medida essencial para cumprir a meta fiscal.

Standard & Poor’s e Fitch também apontaram a crise fiscal brasileira com o principal motivo para a retirada do grau de investimento do país.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.