O governo da Grécia negou relatos na mídia de que o pedido enviado para o Eurogrupo por uma extensão de seis meses em seu acordo de empréstimos com credores internacionais nesta quinta-feira (19) seja uma extensão no atual acordo de resgate, afirmou uma fonte do governo à agência de notícias Market News International.
Ao ressaltar que o governo grego não usou os termos "extensão do resgate" em seu pedido, o dirigente explicou que o acordo amplo da ferramenta de assistência financeira, que é o acordo de crédito original assinado entre Grécia e seus credores em 2012 e teve ampliação em 2014, "é apenas reconhecido por sua parte de obrigações financeiras".
"O primeiro-ministro disse várias vezes que vai pagar nossos credores na íntegra", disse o oficial. A condicionalidade que vem com a extensão será debatida entre a Grécia e as três instituições, a Comissão Europeia, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Central Europeu (BCE).
A fonte ressaltou a exclusão da palavra "Troica", que segundo ele não é mais usada pelas partes em negociação.
"Por que deveríamos? Não há lógica para isso", frisou, sublinhando que as negociações ocorrerão em níveis ministeriais e de liderança. "Haverá equipes técnicas, mas para o aspecto técnico das negociações. Tecnocratas não serão mais autorizados a ditar medidas para nós", acrescentou.
Ele alegou que já que a Grécia está sob um programa que haveria algum tipo de vigilância, mas a sua forma exata também será um produto de negociações entre a "Grécia e suas instituições". O dirigente também disse que a condicionalidade da extensão é um produto das negociações em curso que, como ele disse, "seriam celebrados na sexta-feira" na reunião do Eurogrupo, em Bruxelas.
Questionado sobre relatos de que a Grécia se comprometeu a honrar todos os compromissos do acordo de empréstimo, sugerindo que aceita medidas e reformas anteriores, o dirigente disse que a carta "afirma claramente que haverá alterações e que o principal compromisso é para pagar os credores".
"Do nosso lado, como um gesto de boa vontade, nós nos comprometemos desde o último encontro do Eurogrupo em congelar todas as ações ou a implementação de medidas que poderiam ser consideradas 'decisões unilaterais'", disse. "Nada de novo sobre isso também."
Questionado sobre se a Grécia vai pedir ao Banco Central Europeu (BCE) que aceite títulos gregos como garantia de novo, se a prorrogação for firmada, ele respondeu: "Sim, esta é uma das nossas prioridades."
"Precisamos de tempo para discutir um plano viável e socialmente aceitável com os nossos parceiros. Financiamento ininterrupto vai ajudar essas conversas", acrescentou.
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