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Diz ministro

Governo descarta racionamento e mantém plano para matriz energética

O governo está seguro de que não há risco de racionamento de energia elétrica e não vai promover mudanças em seu planejamento para o setor elétrico diante de temores que foram gerados nas primeiras semanas do ano pela baixa dos reservatórios das hidrelétricas, disse nesta terça-feira (15) o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão.

Questionado se o governo poderia lançar políticas para reforçar o parque de termelétricas, por exemplo, Lobão respondeu que "não muda nada". "A situação atual é meramente conjuntural. Podemos transmitir a garantia de que não haverá desabastecimento. Essa era ficou para trás, há mais de 10 anos", completou, referindo-se ao racionamento de energia enfrentado pelo país entre 2001 e 2002, no fim do governo de Fernando Henrique Cardoso.

No fim do ano passado, o governo mandou acionar as usinas termelétricas para poupar água nos reservatórios das hidrelétricas, que na virada de dezembro para janeiro estavam no pior nível em 10 anos.

Segundo Lobão, as termelétricas que estão acionadas permanecerão funcionando "pelo tempo que for necessário". Porém, o ministro disse que, com a volta das chuvas, já é possível imaginar que as térmicas podem começar a ser desligadas entre abril e maio.

"Os reservatórios já começam a melhorar seu nível, com as chuvas intensas que estão caindo no Brasil inteiro. Mas há uma certa demora no preenchimento deles pelo fato de que as principais nascentes se encontram aqui no Planalto Central e em Minas Gerais", disse.

As chuvas dos últimos dias estão ajudando a recompor os níveis dos lagos das hidrelétricas, mas a capacidade de armazenamento ainda não permite desligar as térmicas.

Os reservatórios de hidrelétricas da região Nordeste tiveram leve recuperação de domingo para segunda-feira, subindo de 29,33 para 29,62%, segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). No Sudeste/Centro-Oeste, o nível de armazenamento nas represas avançou de 29,83 para 30,43%.

Lobão voltou a garantir que não faltará gás natural nem para as indústrias e nem para as termelétricas, e confirmou que a usina de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, de 640 megawatts (MW), começará a gerar energia até o fim deste mês, mas não a plena carga.

O país está, atualmente, com cerca de 11,8 mil megawatts médios sendo gerados em usinas termelétricas, o equivalente a cerca de 20% da carga total.

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