Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Contas públicas

Governo deve gastar R$ 104 bi até 2014

As despesas não financeiras do governo federal devem crescer até o fim do mandato da presidente Dilma Rousseff em ritmo mais rápido do que durante o governo Lula, segundo estimativa do economista Mansueto Almeida, especialista em contas públicas. Ele prevê um aumento até 2014 de R$ 104 bilhões nas despesas anuais com investimentos, benefícios previdenciários e sociais atrelados ao salário mínimo e à saúde. Isso provocará um salto de 1,4 % do PIB nas despesas não financeiras da União nos próximos três anos. Em 2011, Almeida estima que os gastos tenham ficado praticamente estáveis, ou com uma alta muito leve.

No governo Lula, as despesas não financeiras da esfera federal saltaram de 15,7% do PIB para 18% – 2,3 pontos porcentuais em oito anos, ou 1,15 por mandato.

A projeção de Almeida reflete a preocupação crescente de uma corrente de analistas com os rumos da política fiscal nos próximos anos. O governo comprometeu-se a manter superávits primários do setor público consolidado de 3,1% do PIB até o fim do governo Dilma.

Essa política fiscal apertada seria a base de um dos principais objetivos da presidente: cortar o juro real do atual nível, acima de 4%, para perto de 2%. "O cenário de curto e longo prazos não são compatíveis com um esforço fiscal maior e a redução permanente de juros", critica Almeida.

O economista trabalhou com dois cenários diferentes. No principal a projeção é de 3% de expansão do PIB neste ano e 3,5% nos demais anos de Dilma. No outro, cresce 3,5% em 2011, e 4,5% nos três anos seguintes.

As bases das projeções são três: investimento público, benefícios previdenciários e sociais e despesas com saúde.

Com base na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2012, pela qual cada R$ 1 de aumento do salário mínimo eleva o gasto em R$ 306 milhões, Almeida projeta reajustes do mínimo de 14%, 8,15% e 8,67%, respectivamente, em 2012, 2013 e 2014, baseados na regra fixada por Dilma de reajustes com base no crescimento do PIB de dois anos antes e inflação do ano anterior.

Assim, o mínimo terá impacto total de R$ 56,8 bilhões em três anos. Os benefícios ligados ao mínimo farão com que o gasto anual não financeiro da União suba 1,1 % do PIB.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.