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Energia

Governo discute fim de incentivo para uso do gás

Durante exposição nesta terça-feira na Comissão de Infra-estrutura do Senado, o ministro interino de Minas e Energia, Nelson Hubner, afirmou que o governo federal está discutindo com os estados o fim de incentivos para o uso do gás veicular para evitar o desabastecimento, como o que aconteceu no Rio recentemente.

O ministro afirmou essa será uma decisão de cada governo estadual e não forneceu data para que a mudança venha a ocorrer. Hubner fez uma longa exposição sobre a atual situação do gás brasileiro aos senadores e, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou ter se tratado de "um probleminha" o recente desabastecimento que afetou o o estado do Rio quando a Petrobras foi obrigada a reduzir as quantias enviadas às distribuidoras CEG e CEG Rio para atender a uma determinação do Organizador Nacional do Sistema de envio de gás às usinas térmicas. Estas usinas têm prioridade no uso do gás caso precisem ser ativadas, em função do risco de desabastecimento de energia.

Até o dia 18, as chuvas que caíam no país ainda não era suficiente para trazer o nível de água nos reservatórios a patamares confortáveis. Nos reservatórios nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste, o nível de água estava em 50,32%. Na Região Nordeste, estava em média em 33,08%, enquanto na Região Norte, suprida basicamente por Tucuruí, era de 32,24%.

Nelson Hubner argumentou que o uso do gás para abastecer as termelétricas é bastante conhecido e, portanto, não foi uma surpresa. O ministro reconheceu, no entanto, que o Brasil não tem condições de aumentar a demanda de gás neste momento e, mais uma vez, sugeriu que os acordos entre as distribuidoras e as empresas para a compra desse combustível sejam todos firmados por meio de contratos.Gás será reajustado, reafirma Petrobras

Enquanto isso, a diretora de Gás e Energia da Petrobras, Maria das Graças Foster, reafirmou que o preço do gás terá de ser reajustado para as distribuidoras em algo entre 15% e 25% ao longo dos próximos dois anos. Segundo ela, o aumento será "dosado e suavizado" ao longo do tempo, para que o consumidor não sofra com o impacto.

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