Um embate entre republicanos e democratas ameaça levar o governo dos Estados Unidos a uma paralisação histórica a partir desta terça-feira, 1.º de outubro. Hoje, fim do ano fiscal do país, é o prazo final para que haja um acordo sobre o orçamento do ano que vem. Ao mesmo tempo, o Congresso debate o aumento do teto da dívida americana para este ano. Sem esse acordo, o governo corre o risco de ficar sem recursos para honrar seus compromissos.
Conflito
Em votação ontem, os republicanos condicionaram a aprovação do orçamento federal ao adiamento, por um ano, da entrada em vigor da nova lei da saúde. Batizada de "Obamacare", a reforma do programa de saúde é uma das principais bandeiras do presidente democrata.
O governo ficará proibido de gastar caso não haja consenso até a meia-noite da segunda-feira. A última vez que isso aconteceu foi entre novembro de 1995 e janeiro de 1996, durante o governo do também democrata Bill Clinton. Durou 28 dias não consecutivos.
A emenda ao Obamacare adiando a entrada em vigor do programa foi aprovada por 231 deputados, contra 192, apesar de uma ameaça de veto por parte do governo. Os republicanos também aprovaram a revogação de um tributo sobre aparelhos médicos cuja finalidade é custear programas de saúde.
Consequências
A paralisação a ser imposta ao governo exclui serviços essenciais, como tribunais federais, e também os vencimentos dos soldados norte-americanos. Já os civis do departamento de Defesa serão mandados para casa.
Esta não é a primeira vez que os republicanos ameaçam paralisar o governo, mas é cada vez maior o consenso de que a oposição deve ir às vias de fato.
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