As luzes se apagaram. Hackers se infiltraram na rede de computadores da empresa de produtos químicos. Especialistas da companhia correm de computador em computador tentando retomar o controle da situação.

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"Estamos voando cegos", diz o chefe-executivo da empresa fictícia de produtos químicos ACME.

O treinamento de ciberataque faz parte de um programa de uma semana que o Departamento de Segurança Interna (DHS, na sigla em inglês) dos Estados Unidos oferece às empresas para ajudá-las a lidar com intrusos em suas redes de computadores.

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O exercício foi realizado em Idaho Falls, onde o DHS tem programas focados na segurança virtual das indústrias norte-americanas. O governo conta com a parceria do Laboratório Nacional de Idaho, que conduz pesquisa nuclear.

A cidade tem uma população de cerca de 55 mil pessoas e é cercada por fazendas de batatas, além de contar com um aeroporto com uma esteira de bagagens e uma fábrica de laticínios que entrega leite às residências.

O DHS está preocupado com a crescente ameaça de ataques virtuais aos diversos setores da economia e conduz o exercício de treinamento cerca de uma vez por mês. As sessões, que têm o objetivo de melhorar a resposta contra ataques virtuais, teve a participação de representantes dos setores de energia, petróleo, gás natural e transportes.

O treinamento de 12 horas foi reduzido para duas na demonstração a jornalistas que participaram do evento de dois dias, encerrado na sexta-feira.

O cenário era de uma espionagem industrial. A ACME construiu um novo produto químico e a empresa BAD, também fictícia, tentava roubar sua "receita secreta" e interromper as operações para tirar o concorrente do negócio.

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O hacker da BAD entrou no firewall da ACME com um ataque tipo "phishing", enviando um email ao CEO com o aviso "clique aqui" para ir a um website.

Quando o CEO clica no link, um software abre um túnel para que o hacker entre no sistema de computadores e encontre a senha do executivo.

O homem que interpretou o hacker trabalha no Laboratório Nacional de Idaho na vida real, e a sua função é penetrar nos sistemas de computadores para descobrir eventuais vulnerabilidades.