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Em nota divulgada pelo Palácio do Planalto, o presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli, negou que a estatal tenha chegado a um acordo com a boliviana YPFB sobre a venda das duas refinarias naquele país.

O Planalto também negou oficialmente que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenha interferido nas negociações entre as duas empresas. Segundo a Secretaria de Imprensa da Presidência, Lula considera que esse assunto "é da alçada da Petrobras".

Nesta quarta-feira, agências de notícias divulgaram que a Petrobras teria aceito uma oferta de 110 milhões de dólares pelas duas refinarias, citando uma fonte não identificada do governo brasileiro.

De acordo com o Palácio do Planalto, Lula não teria ordenado que a suposta oferta boliviana fosse aceita pela Petrobras e frisou que o presidente brasileiro passou a quarta-feira "dedicado à recepção do papa Bento 16".

"Em momento algum (o presidente Lula) tratou do assunto das refinarias na Bolívia, que é da alçada da Petrobras", informou a secretaria de Imprensa.

Na nota divulgada pelo Planalto, a Petrobras ressalta que as negociações com a Bolívia têm prazo para ser concluídas até às 10 horas da manhã de quinta-feira (meio-dia no Brasil).

Segundo uma fonte da empresa, a Petrobras teria feito apenas uma proposta e que o valor de 112 milhões de dólares mencionado por jornais bolivianos estaria próximo da realidade.

A Petrobras decidiu vender as refinarias depois que o presidente Evo Morales decretou no último domingo o monopólio estatal sobre as exportações de derivados de petróleo.

As refinarias da Petrobras, em Cochabamba e Santa Cruz de la Sierra, são as maiores da Bolívia e processam cerca de 40 mil barris de petróleo por dia.

Com o estabelecimento do monopólio, a Petrobras avaliou que perderia o controle do fluxo de caixa das refinarias, o que torna a sua operação desinteressante para a estatal brasileira.

Diferentemente de crises anteriores, o presidente Lula não tratou da questão diretamente com o colega boliviano Evo Morales.

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