A estimativa do governo federal para a receita líquida, ou seja, dinheiro contabilizado após a realização das transferências constitucionais e da destinação de recursos para o PIS e Pasep, entre outros, subiu de R$ 500,09 bilhões, em julho, para R$ 500,97 bilhões em setembro, segundo o relatório de receitas e despesas do Ministério do Planejamento divulgado nesta segunda-feira (20). O crescimento foi de R$ 872 milhões.
Ao mesmo tempo, a estimativa de despesas obrigatórias do governo recuou R$ 343 milhões, enquanto que a previsão para o déficit do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), a previdência social, caiu R$ 872 milhões, para R$ 44,9 bilhões. Com isso, o governo anunciou a liberação de mais R$ 1,72 bilhão em gastos no orçamento de 2010.
Em março deste ano, ao efetuar a primeira revisão do orçamento de 2010, o governo efetuou um corte de R$ 21,8 bilhões nas despesas dos Ministérios - o maior de ambos os mandatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em maio, o limite para despesas foi reduzido em mais R$ 10 bilhões. Na ocasião, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o objetivo era "jogar água na fervura" da economia e impedir pressões inflacionárias. Mais adiante, no mesmo mês, o ministro disse que o corte era "para valer". Em julho, porém, o governo começou a rever os bloqueios de gastos e decidiu liberar R$ 2,54 bilhões para despesas dos Ministérios.
Crescimento econômico
O relatório do Ministério do Planejamento, que será divulgado nesta segunda-feira, também vai trazer uma nova previsão para o crescimento da economia brasileira. No último documento, divulgado em julho, o governo ainda previa uma expansão de 6,5% para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano.
Desde então, porém, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, já revisou este número para mais de 7% de crescimento em 2010. O mercado financeiro, por sua vez, já projeta quase 7,5% de expansão do PIB. O relatório do Ministério do Planejamento também deve revisar oficialmente o número (6,5%) para cima.
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