O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou que o resultado da indústria no primeiro semestre deste ano foi ruim, mas não surpreendeu. Segundo ele, as medidas tomadas pelo governo fizeram efeito e os setores automobilístico, de linha branca (fabricantes de fogões, geladeiras e lavadoras) e de construção civil "estão bombando" nos últimos meses, apesar da grande queda na produção no final do ano passado. Bernardo disse ainda estar preocupado com "os setores ligados à exportação e o metalmecânico".
De acordo com o ministro, o governo está acompanhando esses setores, "mas não quer dizer que tenhamos medidas prontas". Ele argumentou que a exportação anda devagar porque a economia fora do Brasil não vai bem.
Além disso, o ministro considerou que o governo tem limitações para atuar nesse campo, embora, dentro delas, esteja vendo o que pode ser feito. Bernardo reiterou ainda a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, de 1% para este ano. "Temos que manter a previsão, até porque ainda tem um quadro grande de incerteza", disse o ministro.
Segundo ele, a economia está mais próxima dessa previsão do governo do que de "algumas previsões que foram feitas no mercado financeiro". Bernardo, porém, não descartou que a projeção venha a ser revisada no futuro. O ministro participa de conferência da Associação Internacional de Escolas e Institutos de Administração no Rio de Janeiro, promovida pela Fundação Getúlio Vargas.
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