O governo pode anunciar mais incentivos para o setor de etanol em breve, como parte da estratégia de incentivar a atividade e, ao mesmo tempo, mitigar parte dos impactos do aumento no preço da gasolina na inflação, disse uma fonte próxima da equipe econômica.

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A expectativa do setor sucroalcooleiro é que o governo eleve a mistura de etanol na gasolina dos atuais 20% para 25%.

O aumento da mistura do etanol também levaria a uma redução das importações de gasolina, atualmente, um dos fatores que mais pesam sobre o custo operacional da Petrobras.

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O governo vem preparando um novo reajuste no preço dos combustíveis que, no caso da gasolina, deve ficar em torno de 7%.

No ano passado, o governo zerou a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) para compensar a alta dos combustíveis.

Como ele já não tem espaço para impedir o repasse desse aumento para o consumidor final, o governo busca agora outras alternativas para, pelo menos, minimizar esse movimento.

"Isso deve ocorrer mais via etanol mesmo", afirmou a fonte.

O raciocínio, segundo a fonte, é o seguinte: a expectativa de uma grande safra de cana-de-açúcar e de um aumento na oferta de etanol devem levar a uma acomodação dos preços em patamar mais baixo.

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Expectativas iniciais apontam moagem de até 600 milhões de toneladas na safra 2013/14, que se inicia em abril.

A estimativa mais recente da União da Indústria de Cana-de-açucar (Unica) aponta moagem de 518 milhões de toneladas na atual temporada.

Assim, o governo deve elevar o percentual de etanol na gasolina e, já de cara, reduzir o impacto do aumento dos preços na gasolina. E, para garantir que ele seja ainda mais mitigado, novos incentivos ao setor de etanol estão sendo avaliados, com o objetivo de reduzir ainda mais os custos e, consequentemente, os preços.

Com a redução dos preços do etanol, a demanda tende a crescer ainda mais e, no limite, ajudar o setor a investir mais, ponderou a fonte.

A inflação ainda tem mostrado sinais de robustez, ao mesmo tempo em que a economia não deslanchou, o que pode colocar em risco a condução da política monetária do Banco Central. O mercado prevê que o IPCA registrará alta de 5,53 por cento em 2013 e de 5,50 em 2014, depois de ter encerrado o ano passado a 5,84 por cento, pressionado por alimentos e despesas pessoais, indicando que os preços continuavam acelerando.

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