O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou nesta segunda-feira (9) que o percentual de álcool anidro na gasolina poderá ser elevado de 20% para 25%. A informação havia sido antecipada pelo jornal O Globo na semana passada. Lobão participou nesta segunda de evento em Niterói, no Rio de Janeiro, para entrega do navio Sérgio Buarque de Holanda à Transpetro.
Segundo o ministro, a possibilidade de adicionar mais álcool está em estudo, caso a produção do etanol cresça e justifique esse aumento. Porém, o ministro destacou que, caso a produção do etanol continue no atual patamar, os 20% serão mantidos. Segundo o ministro, não há prazo para que essa medida seja definida.
Reportagem do Globo apontou que, como medida emergencial, o governo buscaria aumentar a mistura do álcool anidro na composição da gasolina, a 25%. Em outra frente, o governo quer transformar o etanol em commodity negociada no mercado internacional para garantir preços e mercado. Para isso, tem memorandos de entendimento com 77 países e já financiou pesquisas de viabilidade em 12 nações (seis americanas e seis africanas).
De acordo com a reportagem, estudos do mercado mostram que se tivessem sido investidos entre US$ 15 bilhões e US$ 20 bilhões nos últimos quatro anos, a produção de álcool hoje seria de mais 12 bilhões de litros, equivalente ao consumo de um ano. O governo, por sua vez, embora reconheça as dificuldades vividas nos últimos dois anos pelo setor, cobra eficiência à indústria, que ainda mantém altos custos de produção, capacidade ociosa de 25% nas usinas e baixos índices de renovação do canavial.
Na bomba, o álcool tem perdido a disputa com os combustíveis fósseis. Desde janeiro do ano passado, sai mais barato para o brasileiro usar gasolina, de acordo o monitoramento da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Com isso, a produção de etanol vem perdendo fôlego e o setor admite estar em crise. Por isso, o governo deve lançar até setembro um conjunto de medidas para estimular o segmento. Em estudos, a retirada do PIS e da Cofins, desoneração de investimentos e juros mais baratos.
Se em 2009 o etanol abastecia 54% da frota nacional de veículos médios, hoje, no país do carro flex, esse percentual já não passa de 35%, segundo dados da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), embora 85% das vendas de veículos leves da indústria automotiva sejam de modelos flex, que já somam cerca de 50% da frota nacional.
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