O superávit primário do setor público fechou 2005 em 4,84% do Produto Interno Bruto (PIB), alcançando R$ 93,5 bilhões, acima da meta do governo para o ano, que era de 4,25%. A economia feita pelo governo é a maior desde 1994, quando o superávit ficou em 5,21% do PIB. Em 2004, o superávit foi de R$ 81,1 bilhões, o equivalente a 4,59% do PIB. Por segmento do setor público, o superávit ficou assim: governo central, com 2,88% do PIB (R$ 55,7 bilhões); governos regionais, com 1,1% (R$ 21,3 bilhões); e empresas estatais, com 0,85% do PIB (R$ 16,4 bilhões).
No acumulado do ano, os juros alcançaram R$ 157,1 bilhões (8,13% do PIB), acima dos R$ 128,3 bilhões (7,26%) do PIB registrados em 2004. De acordo com nota do Banco Central, o crescimento dos juros nominais apropriados refletiu a elevação do nível médio da taxa Selic, que passou de 16,25% anuais em 2004 para 19,05% ao ano em 2005.
O BC informou ainda que a dívida mobiliária federal fora da instituição somou R$ 979,7 bilhões em dezembro, resultando em 50,5% do PIB. A dívida líquida do setor público, por sua vez, chegou a R$ 1,002 trilhão no fim do ano, o equivalente a 51,6% do PIB. Em novembro, a dívida ficara em R$ 984, 9 bilhões, ou 51,2% do PIB. Segundo o BC, contribuíram para a elevação da dívida no mês passado o déficit primário sazonal e a desvalorização cambial de 6,1.