Em meio às incertezas em torno do resultado fiscal que o setor público pode acumular neste ano, o Tesouro Nacional informou nesta quinta-feira (29) que o governo federal registrou um déficit de R$ 6,9 bilhões em suas contas em setembro.

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O resultado foi bem mais favorável do que o verificado no mesmo mês de 2014, quando as despesas superaram as receitas em R$ 20,4 bilhões.

No acumulado do ano, no entanto, o rombo do governo está maior. Nos primeiros noves meses, o deficit é de R$ 20,9 bilhões, ante um saldo negativo de R$ 15,7 bilhões no mesmo período do ano passado.

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Os gastos de janeiro a setembro somaram R$ 786,648 bilhões a preços correntes, 4% abaixo do verificado no mesmo período do ano passado, em termos reais. No acumulado do ano, a receita líquida foi de R$ 765,710 bilhões, recuo de 4,6% sobre igual etapa de 2014.

“Isso demonstra o que estamos sempre assinalando: o nível de atividade econômica está afetando a arrecadação do governo. Dado o grau de incerteza hoje vigente na economia essa performance fica um pouco aquém do esperado”, afirmou o secretário do Tesouro Nacional, Marcelo Saintive.

A equipe econômica da presidente Dilma Rousseff anunciou nesta semana que o governo federal fechará 2015 com um deficit de pelo menos R$ 51,8 bilhões, o maior da história.

O rombo pode se aproximar de R$ 100 bilhões, no entanto, se houver frustração na arrecadação de receitas de concessões e se o governo for obrigado a quitar suas dívidas com os bancos estatais.

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Despesas

Contribuiu para a redução do déficit em setembro na comparação com 2014 a mudança no calendário de pagamento da antecipação do 13º para aposentados.

Neste ano, o pagamento da antecipação para quem recebe benefícios acima de um salário mínimo foi feito em outubro e não em setembro, como ocorreu nos anos últimos anos. Com isso, as despesas previdenciárias tiveram queda de R$ 4,2 bilhões.