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Contas públicas

Governo federal e estatais ficam no prejuízo e municípios no lucro em novembro

Esplanada dos Ministérios
Rombo ficou em R$ 6,6 bilhões em novembro, abaixo dos R$ 7 bilhões esperados pelo mercado financeiro. (Foto: Fábio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

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As contas públicas do governo federal e das estatais sob a presidência de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fecharam o mês de novembro com um rombo de R$ 6,6 bilhões de acordo com dados do Banco Central divulgados nesta segunda (30). O resultado contrasta com os municípios, que registraram um superávit de R$ 405 milhões no mês.

O resultado foi um pouco melhor do que o esperado pelo mercado financeiro, que previa um déficit primário de R$ 7 bilhões em novembro segundo projeções da Reuters. E ainda inferior ao rombo do mesmo período do ano passado, de R$ 37,2 bilhões.

Com isso, o país acumula um saldo negativo equivalente a 1,65% do PIB em 12 meses (veja na íntegra). O resultado primário não inclui as despesas com juros.

De acordo com o relatório do Banco Central, o governo central amargou um prejuízo de R$ 5,6 bilhões em novembro, e de R$ 1,3 bilhão nas estatais. Considerando os gastos com financiamento da dívida, o rombo foi de R$ 99,1 bilhões em novembro.

Já a dívida pública total dos governos federal, estaduais e municipais e o INSS atingiu 77,7% do PIB a R$ 9,1 trilhões em novembro, com uma redução de 0,1 ponto percentual na comparação com outubro. Essa redução, diz a autarquia monetária, ocorreu por conta da variação nominal do PIB, do resgate líquido de dívida, da evolução dos juros nominais apropriados e da desvalorização cambial.

Em meados de novembro, o governo federal afirmou que parte do déficit das estatais seria por conta da “materialização de investimentos”, com projetos de expansão de longo prazo que podem registrar resultados negativos “sucessivos até a conclusão das obras”.

Nos governos Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL) houve um programa de saneamento nas contas das estatais federais dependentes do Tesouro. Temer injetou R$ 5 bilhões nas empresas em 2018, e Bolsonaro, R$ 10 bilhões em 2019, resultando em superávit de R$ 14 bilhões.

No entanto, em 2023, no governo Lula, o resultado voltou a ser negativo, com um déficit de R$ 706 milhões. Em resumo, os aportes taparam o déficit anterior, mas as empresas acabaram abrindo novos rombos.

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