O governo federal desembolsou R$ 68,2 bilhões para elevar o capital das empresas estatais entre 2003 e 2007. Quase a metade desse valor, ou o equivalente a R$ 30,7 bilhões, foi direcionado para fortalecer a Petrobras, segundo levantamento com base no Balanço Geral da União (BGU), a prestação de contas anual do Executivo.

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Na avaliação de economistas, a medida ajuda a estimular os investimentos e não tem provocado impacto negativo nas contas públicas, como o aumento do endividamento. Em muitos casos as estatais até passam a recolher mais dividendos à União, depois de capitalizadas. Somente em 2009 o governo recebeu das estatais R$ 26,683 bilhões em dividendos, sendo R$ 5,333 bilhões da Petrobras.

Por outro lado, as estatais com o caixa "turbinado" estimulam a demanda e, consequentemente, forçam o Banco Central (BC) a ser mais rigoroso na política de juros para manter a inflação sob controle. Esse é um dos tópicos do debate sobre os efeitos de uma participação mais ativa do Estado como indutor do crescimento econômico.

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O economista da consultoria Tendências, Felipe Salto, não considera positivo aumentar o peso das estatais na economia, tendência que tem se intensificado nos últimos dois anos. Ele lembrou que, na década de 80, essas empresas constituíam um risco fiscal, porque eram utilizadas para acelerar os gastos públicos de forma pouco transparente e sem o devido financiamento.