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O governo da Grécia e os três partidos que o sustentam não conseguiram neste domingo (28) fechar um acordo sobre o novo pacote de medidas de poupança do qual depende a liberação de outro pacote de ajuda financeira. O ministro das Finanças, Yannis Stournaras, explicou que o acordo "estará pronto a tempo", mas reconheceu que a chamada "troika" (coligação formada por Comissão Europeia, Fundo Monetário Internacional e Banco Central Europeu) não quer suavizar a exigência de reforma laboral, apesar de dois dos partidos do governo tripartite o terem pedido.

Stournaras afirmou que Atenas insistirá até o último momento no tema da flexibilização do mercado de trabalho, porém advertiu que a troika também está disposta a manter sua postura.

O titular da pasta de Finanças fez estas declarações à imprensa após uma reunião de três horas entre o primeiro-ministro grego, o conservador Antonis Samaras, e os membros da área econômica de seu governo.

O encontro visava o acerto de posturas em comum na coalizão tripartite, dois de cujos membros se opõem à intenção de que as medidas de austeridade estejam acompanhadas de uma reforma laboral.

Segundo Stournaras, a troika, que deve liberar um novo pacote de ajuda à Grécia, também se opôs à possibilidade de que as privatizações previstas dentro das reformas exigidas a Atenas tenham que receber o sinal verde do parlamento, como reivindica o partido social-democrata Pasok, um dos membros do governo.

Por sua vez, o partido centro-esquerdista Dimar, também no Executivo, pede que as medidas de flexibilização laboral sejam retiradas ou adiadas, ou que, pelo menos, se desamarrem dos cortes para que a coalizão possa apoiar a política de economia e se opor ao mesmo tempo à reforma do mercado de trabalho.

Uma fonte do Ministério das Finanças consultada pela Agencia Efe explicou após a reunião que o governo "ainda dispõe de tempo" até a teleconferência de ministros de Finanças do Eurogrupo, prevista para quarta-feira, para fechar o acordo entre seus membros.

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