Paraná
Só uma obra foi concluída por aqui em 2013
Ainda que nenhuma das obras atrasadas seja paranaense, o ritmo das ações previstas pelo PAC 2 no estado não estão exatamente aceleradas, como indica o nome do programa. Desde o último balanço, somente uma obra ficou pronta e entrou em operação. Foi a Usina de Cavernoso II, que teve sua primeira unidade geradora comercial acionada em maio. As obras demoraram dois anos. De resto, mais de 20 das principais intervenções de mobilidade urbana, transporte e energia ainda estão no papel ou em execução (acompanhe no gráfico acima). "Não chega a ser preocupante. Obras desta magnitude, como recapeamento de rodovias e construção de usinas hidrelétricas, têm velocidades diferentes dependendo do estágio da intervenção. Nos próximos meses o ritmo de entregas deve ser mais acelerado", garante Sebastião Almagro, membro do conselho de infraestrutura e logística da MV Consultoria. Ele acredita que o segundo semestre deve trazer um ritmo melhor porque as a maior parte das intervenções foi licitada pelo Regime Diferenciado de Contratações. É também o que pensa a ministra do Planejamento, Miriam Belchior.
A segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) investiu 56,3% do total previsto para o período de 2011 a 2014. Entre as obras concluídas e os recursos executados, foram desembolsados R$ 557,4 bilhões até abril de 2013, de acordo com o sétimo balanço de acompanhamento do programa divulgado pelo Ministério do Planejamento, ontem. Até o final de 2014, o governo federal pretende desembolsar outros R$ 989 bilhões.
INFOGRÁFICO: Até abril, 557,4 bilhões foram investidos no PAC 2
Entre as obras concluídas e que estão em operação ou prontas para inauguração, foram investidos R$ 388,7 milhões, ou 54,9% do que o governo federal pretende que esteja pronto até 2014. Somente nos últimos quatro meses do levantamento, R$ 60 bilhões em obras foram entregues.
Com as obras neste ritmo, o governo diminuiu levemente a parcela de obras em estado de atenção ou preocupante. Enquanto no final do ano passado 13% das ações estavam sob o sinal de alerta, atualmente o governo admite que 12% estejam atrasadas. De acordo com a avaliação do Ministério do Planejamento, 9% estão em estado de atenção e 3% estão em estágio preocupante. Nenhuma destas obras está no Paraná.
A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, afirmou que a execução das obras de infraestrutura está concentrada no segundo semestre do ano, o que deve acelerar os índices. "Toda a Região Norte, por exemplo, não faz obras no primeiro semestre. É impossível por causa das chuvas e do clima naquela região", justificou.
Setores
O programa é dividido em seis eixos: urbanização, fornecimento de água e eletrificação, moradia, transportes, energia e cidadania.
O financiamento habitacional, puxado pelo Minha Casa, Minha Vida, continua sendo o maior destino dos recursos do PAC 2. Dos R$ 557,4 bilhões, R$ 178 bilhões correspondem ao financiamento habitacional, tendo sido executados por empresas estatais R$ 152,2 bilhões, R$ 113,9 bilhões pelo setor privado. O programa alcançou 1,2 milhão de moradias até abril de 2013, mais de 1,5 milhão de unidades foram contratadas, e até o fim de 2014 serão 2,4 milhões de casas e apartamentos contratados em todo o Brasil.
O eixo de transportes continua sendo aquele que mais preocupa pelo ritmo lento das ações. Levando em conta a quantidade de empreendimentos, 21% estão em situação alarmante ou de atenção. No levantamento de dezembro de 2012, o índice de obras atrasadas era de 26%.
Somente 20% das obras em todo o país neste setor já foram entregues. "É um problema histórico. Pouco se fez no passado e é natural que esse continue sendo o setor com mais dificuldade na execução das obras", afirma Sebastião Almagro, membro do conselho de infraestrutura e logística da MV Consultoria.
Nos outros setores, o ritmo está mais acelerado. As obras do eixo de energia são as que estão em melhores condições, com 98% delas concluídas ou em estágio considerado adequado.
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