O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, anunciou nesta sexta-feira, 12, que o governo já conhece o volume potencial de petróleo existente do campo de Júpiter, que também integra a chamada camada pré-sal. "Temos três blocos que acabam de ser definidos, que são Tupi, Iara e Júpiter", afirmou, comentando o potencial da área do pré-sal na Bacia de Santos.

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Em janeiro, ao anunciar a descoberta de Júpiter, a Petrobras informou que sua área poderia ter dimensões similares às de Tupi, anunciada no final do ano passado como uma das maiores descobertas petrolíferas do País. Apenas em Tupi, estima-se que haja entre 5 e 8 bilhões de barris de petróleo, mais de metade das reservas provadas do País.

Em entrevista coletiva após visitar as usinas nucleares de Angra 1 e 2, o ministro evitou dar detalhes sobre o andamento das discussões no âmbito da Comissão Interministerial que está discutindo um novo marco regulatório, mas comentou o potencial das áreas que vêm sendo descobertas pela Petrobras na Bacia de Santos.

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Ainda segundo Lobão, a Comissão Interministerial que está discutindo o novo marco regulatório vai reunir-se de maneira "definitiva" no próximo dia 25. "De lá sairão as propostas que estarão nas mãos do presidente no dia 30", disse Lobão. Ele não quis dar qualquer detalhe sobre as propostas que estão sendo discutidas. Disse apenas que "o Brasil tem tradição de manter seus contratos e vai continuar tendo respeito a eles".

Na última quarta-feira, a Petrobras confirmou a existência de óleo leve no campo de Iara, também no pré-sal. A estimativa de produção é de até 4 bilhões de barris de petróleo e gás - um terço das reservas totais de petróleo do País, em 12,2 bilhões de barris. Óleo leve é o tipo de petróleo com qualidade melhor, que exige um processo de refino mais simples.

O mercado todo está na expectativa das perfurações que estavam para ser concluídas em setembro tanto em Jupiter, no BM-S-24, quanto em Bem-te-vi, no BMS-8.