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Lula Biden OCDE
Versão final do comunicado teria deixado de fora apoio de Joe Biden à adesão do Brasil à OCDE pelo governo Lula.| Foto: Sarah Silbiger/EFE / Epa/The New York Times pool

O comunicado emitido pela Casa Branca após a reunião entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do Brasil, e Joe Biden, dos Estados Unidos, nesta sexta (10), teria deixado de fora uma menção de apoio à adesão brasileira à Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Isso porque a comitiva brasileira teria vetado um trecho na versão do comunicado que mencionava o apoio de Biden aos esforços que o Brasil tem feito para conseguir entrar na entidade, segundo reportagem do UOL publicada neste sábado (11). O gesto, diz, seria um agrado de Biden ao novo presidente. (veja a versão final na íntegra)

A adesão do Brasil à OCDE foi uma das principais bandeiras do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que começou efetivamente a caminhar no ano passado após a entidade aprovar o convite para início das negociações. No entanto, desde o início do novo governo, Lula não demonstrou prioridade e nem mencionou publicamente se daria continuidade à adesão ao grupo.

Para o presidente, a prioridade é fortalecer outros órgãos multilaterais, como o Mercosul, segundo disse durante a primeira viagem internacional deste mandado, à Argentina e ao Uruguai, também em janeiro.

Estudos estão em andamento no governo

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, chegou a ter uma reunião com membros da OCDE no Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, em janeiro, e disse que há um grupo instituído na pasta para estudar o andamento da adesão. No entanto, ele afirmou que a decisão final será do presidente.

O PT sempre foi um crítico da entidade por conta de exigências que poderiam impactar nas políticas públicas e sociais que o partido tem como bandeiras, entre elas o papel do Estado como indutor da economia. Líderes partidários chegaram a alegar, no passado, que as “vantagens não superam as desvantagens” de fazer parte do chamado “clube dos ricos”.

Durante a viagem à Davos, em janeiro, Haddad contrariou as afirmações do partido e disse que as regras de adesão à OCDE não são rígidas e podem ser flexibilizadas. “Podem surgir pleitos da nossa parte, não existe nenhum impedimento para que o Brasil pleiteie uma adesão em conformidade com os seus interesses”, afirmou.

O ministro afirmou que o Brasil já participa de algumas das discussões da OCDE, e que a aproximação vem acontecendo naturalmente.

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