Diante dos conflitos que paralisam as obras da usina hidrelétrica de Belo Monte, o governo decidiu enviar tropas da Força Nacional e Segurança Pública ao local.

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Portaria do Ministério da Justiça, publicada na edição desta segunda-feira (25) do "Diário Oficial da União", informa que efetivo da Força Nacional será enviado ao Pará por 90 dias - prazo que poderá se estendido -, atendendo à demanda do Ministério de Minas e Energia.

Segundo a portaria, o ministro Edison Lobão, de Minas e Energia, solicitou o envio de tropas no dia 21, data em que um grupo de manifestantes, composto na maioria por índios, ocupou um dos canteiros de obras de Belo Monte e paralisou as atividades de cerca de seis mil operários no sítio Pimental, no rio Xingu.

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O uso das tropas tem o objetivo de "garantir incolumidade das pessoas, do patrimônio e a manutenção da ordem pública nos locais em que se desenvolvem as obras, demarcações, serviços e demais atividades atinentes ao Ministério das Minas e Energia", afirma o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, na portaria.

O protesto no canteiro da usina na semana passada foi o segundo envolvendo índios neste ano.

Em janeiro, eles fecharam o acesso ao sítio Pimental durante três dias, reclamando de impactos da obra ao rio Xingu, e terminaram o protesto após uma garantia de indenização.

No ano passado, índios chegaram a realizar um quebra-quebra nos escritórios da obra. No início deste mês, operários tocaram fogo em alojamentos. Um operário foi preso após a polícia encontrar bananas de dinamite em seu armário.

A hidrelétrica de Belo Monte tem conclusão prevista para 2019 e deverá ser a terceira maior do mundo.

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