Até a secretaria da Família passa a participar do programa| Foto: Arnaldo Alves/Agência de Notícias do Paraná

O governo estadual anunciou ontem que vai mudar a forma de contabilizar os investimentos do programa Paraná Competitivo, principal ação do governo Beto Richa para a área econômica. O projeto contava em seu balanço apenas com dados de incentivos fiscais fornecidos a empresas que estão se instalando no Paraná. A partir de agora, os números passam a registrar nos resultados investimentos relacionados a empréstimos e até à pavimentação de acessos entre rodovias e plantas industriais.

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A mudança burocrática deve resultar em um aumento dos números do programa, que já contabilizou, no formato convencional, R$ 20 bilhões em incentivos por meio da isenção e prorrogação de impostos. Antes, cinco linhas de atuação eram registradas no Paraná Competitivo, com a participação de quatro secretarias. Com a modificação, mais cinco linhas foram acrescidas, com a atuação de mais seis pastas estaduais.

De acordo com o secretário de Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul, Ricardo Barros, passam a ser contabilizados investimentos que sempre foram feitos, mas que não eram computados. "É uma questão formal, mas é uma necessidade, porque algumas indústrias se instalaram no estado e não pediram incentivo fiscal, mas foram assistidas. Elas queriam estar divulgadas como pertencentes ao Paraná Competitivo e vamos poder contabilizar essas empresas que receberam algum apoio do governo do estado", diz.

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Planejamento

A ampliação no número de secretarias envolvidas no Paraná Competitivo pretende também antecipar a demanda de solicitações que inevitavelmente seriam feitas em um momento posterior à confirmação de que determinada empresa vai se instalar em uma cidade. A construção de fábricas, em cidades de pequeno porte, às vezes significam a necessidade de ampliação na infraestrutura, em áreas como saúde, educação, energia elétrica e saneamento básico.

"Adrianópolis vai receber quatro indústrias de cimento, o que vai aumentar sua população de 5 mil para 20 mil em três anos", exemplifica. Até então, a única empresa do ramo confirmada é a Supremo Cimento.